Cinco taxas que podem aumentar a parcela do seu financiamento

Fique atento às letra miúdas a às taxas que podem deixar sua compra mais cara

Você escolheu o carro dos seus sonhos (ou aquele que cabe no seu bolso) e foi para a mesa do vendedor finalizar o negócio. Depois de muita pesquisa e de tantas visitas a concessionárias, o sentimento é de dever cumprido. Mas é necessário ficar atento a algumas informações que deveriam (mas geralmente não são) reveladas a você até este momento. Sabe aquele comercial que divulga taxa zero ou um juros de 1,5%? O valor não é bem esse, vamos explicar o porquê.

Adquirir um carro não é o mesmo do que comprar uma peça de roupa e o principal motivo é o preço. A não ser que você decida pagar à vista, o valor do bem não é o mesmo da etiqueta na aquisição de um automóvel. Vou dar um exemplo: Jorge se apaixonou por um Ford Ka ofertado no showroom por R$ 50 mil – o valor estava dentro de seu orçamento. O problema é que, com as taxas, o valor do modelo pula para mais de R$ 62 mil em quatro anos. Nem todo mundo se dá conta, mas Jorge está comprando, na verdade, dois produtos: o carro e o financiamento, ou seja, o dinheiro para comprar o automóvel.

O que não fica claro, na maioria das vezes, são as taxas e os juros para “comprar” esse dinheiro. O resultado? A parcela do financiamento acaba ficando mais alta do que o esperado. Além das taxas de juros nominais do banco, aquelas anunciadas nas propagandas, existem outras cinco. São elas: Gravame, Taxa de Cadastro, Seguro Proteção Financeira (SPF), além de dois tipos de IOF.

IOF

Na hora de financiar um carro, existem dois tipos de Imposto de Operações Financeiras, ou seja, o conhecido IOF. A primeira taxa é cobrada uma única vez e é de 0,38% sob o valor financiado. A outra é de 3%, essa cobrada ao ano. O imposto é recebido pelo banco, que direciona a quantia para o governo.

TAC

A Taxa de Abertura de Crédito (TAC), que também é conhecida como Taxa de Cadastro, é um valor definido pelo próprio banco. A instituição cobra para avaliar se existe alguma restrição de crédito para o futuro proprietário. É permitida por lei, não tem limitação de valor e existe  banco que não cobra. “Não é comum, o ideal é que você fique atento e peça o abono dessa taxa”, afirma Myrian Lund, professora da FGV.

Gravame

O Gravame é o registro do financiamento no Detran de cada estado. “Serve para dizer que o veículo está alienado. Tem um custo, mas não é repassado para o cliente. O valor é incorporado nas taxas de juros”, afirma Miguel Ribeiro, diretor executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). O documento garante que o veículo não seja vendido como se já estivesse pago. Para retirar esse registro é preciso pagar a última parcela do financiamento.

SPF

Também conhecido como seguro prestamista, garante que o proprietário não tenha o carro apreendido caso não possa arcar com as parcelas. No caso de perda de emprego, o seguro cobre algumas prestações, que devem ser devolvidas depois que o segurando se recoloca no mercado. Mas ele é necessário? “O consumidor tem que aceitar. Não é obrigatório, mas o banco pode não conceder o crédito. Com 14 milhões de desempregados, os bancos estão exigindo”, afirma Miguel Ribeiro.

E o leasing?

As taxas são praticamente as mesmas. A única diferença fica para o imposto: em vez do IOF, o proprietário terá de pagar o Imposto Sob Serviço (ISS), já que o veículo fica em nome do banco. O preço é calculado conforme o valor do bem e também é obrigatório.

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