Inverno agrava a asma: Saiba como controlar as crises

Estudo inédito da GSK aponta que o tratamento contínuo e com doses regulares de medicamentos traz mais benefícios e protege à saúde dos pacientes

Foto: Divulgação

Rio de janeiro (RJ) – A asma é uma das doenças crônicas mais prevalentes no mundo e acomete 20 milhões de brasileiros. Apesar do avanço no conhecimento da doença e formas de tratamento, o bom manejo dessa enfermidade ainda envolve obstáculos.

Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada, mas o paciente precisa compreender que um desfecho satisfatório depende de engajamento e tratamento medicamentoso contínuo, não apenas naqueles momentos em que os sintomas se intensificam ou durante as crises que exigem atendimento médico hospitalar de emergência.

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O ar chega aos pulmões por meio dos brônquios, estruturas do sistema respiratório. Em pacientes com asma, uma inflamação crônica acomete esses dutos de ar, reduzindo o seu calibre e limitando o fluxo do oxigênio. Por essa razão, pacientes com asma sofrem com a falta de ar, perdem o fôlego, têm sensação de aperto no peito, apresentam sibilos e tosse. Existem inúmeros gatilhos que resultam em crises de asma, e o frio do inverno é um deles, bem como fatores emocionais e externos, alergias a ácaros, pólen das flores, produtos químicos, entre outros desencadeantes.

Não é à toa que essa doença é comparada a um iceberg, sendo os sintomas e as crises a parte visível da geleira. “Abaixo da água, o que não vemos, é a inflamação dos brônquios provocada pela doença, que sem o devido controle, resulta em consequências a longo prazo, como a perda progressiva da capacidade respiratória. Precisamos manter a inflamação controlada. As crises são apenas a ponta do iceberg”, explica o pneumologista Bernardo Maranhão, gerente médico da área respiratória da farmacêutica GSK.

Mas, qual a melhor maneira de manter a asma sob controle? Além da adoção de hábitos de vida mais saudáveis, é necessário cuidar da enfermidade ao longo da vida, sem interrupções. Para aprofundar o entendimento sobre a importância do tratamento contínuo, o estudo New Versus Old: The Impact of Changing Patterns of Inhaled Corticosteroid Prescribing and Dosing Regimens in Asthma Management, publicado recentemente, analisou os benefícios de diferentes corticosteróides inalatórios (CI), medicamentos que são usados para controlar a inflamação brônquica e os sintomas da doença, bem como prevenir as crises.

Segundo o estudo, o tratamento que prioriza a dosagem contínua, diária e proativa de medicamentos (PRD – Proatividade e Regularidade das Doses), com Propionato de Fluticasona em associação ao Salmeterol em pacientes com asma moderada, proporciona maior proteção contra os espamos brônquicos e menos risco de efeitos colaterais, quando comparado à terapia à base de dosagens flexíveis com Budesonida associada ao Formoterol.

Quando ocorre maior adesão ao tratamento pelo paciente com asma moderada, a abordagem PRD com PF/SAL mostra-se ainda mais eficaz do que a estratégia usada como terapia de manutenção e alívio, com medicamentos que associam Budesonida e Formoterol.

A dosagem diária regular e clinicamente apropriada com regimes à base de Fluticasona/Salmeterol também mostrou menor risco de efeitos no organismo como um todo, pois é no pulmão que o corticoisteroide precisa agir.

Há poucos estudos que comparam a eficácia dos regimes de tratamento disponíveis para asma moderada e moderada a grave. Segundo o Dr. Maranhão, “esses dados ajudam a aprimorar a conduta do médico no manejo e controle da asma, trazendo benefícios para a saúde respiratória do paciente, o que reflete em melhoria da qualidade de vida”.

“São informações científicas que fortalecem a importância do tratamento de manutenção, ou seja, diariamente em doses definidas pelo médico para o controle da asma, e reiteram algo que nem todo paciente asmático compreende: a inexistência de crises não significa que a doença esteja sob controle”, conclui o pneumologista.

Metodologia

O estudo que avaliou a broncoproteção das vias aéreas (o que sinaliza inflamação reduzida das vias aéreas, indicando a eficácia do tratamento) e segurança (risco reduzido de efeitos colaterais de corticosteroides) foi realizado projetando, validando e aplicando uma técnica de modelamento, considerando características farmacológicas dos CI enfocados. Avaliou a broncoproteção das vias aéreas e a atividade sistêmica em diferentes cenários clínicos de adesão a este regime, com dados coletados de ensaios clínicos concluídos de vários regimes de dosagem baseados em CI. Investigou uma ampla gama de doses de PF /SAL (Propionato de Fluticasona em combinação com Salmeterol) em doses fixas e BUD/FOR (Budesonida combinada com Formoterol) em estratégia doses flexíveis. Os achados foram então, usados se para se definir os perfis de risco-benefício do CI.

Este estudo avaliou os resultados de broncoproteção (eficácia nas vias aéreas) e a possível e indesejável ação fora dos pulmões (segurança) simulando cenários clínicos do mundo real. Taxas de adesão variadas (100%, 85%) foram consideradas nos tratamentos estudados. Os corticosteroide inalatórios (Fluticasona em doses regulares proativas e Budesonida flexivelmente) foram avaliados a partir de ensaios clínicos publicados anteriormente.

O método de modelamento utilizado pelos autores é reconhecidamente um meio para se gerar conclusões com grande robustez e aceito internacionalmente para trabalhos científicos.

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