Quem ouvir, favor avisar!

Arthur, Pierre e Pimentel – Foto: Acervo Pessoal

Dia 13 de fevereiro comemoraremos o dia mundial do rádio. Por isso lembro que a primeira questão que me intrigou a respeito da Voz do Brasil foi: por que algumas pessoas desligam o rádio ao ouvir o tema de O Guarani? O que existe neste programa de tão diferente?  Esperava obter uma resposta. Qualidade sonora, unilateralismo O programa de rádio de caráter oficial mais antigo do mundo carrega em si o peso de décadas de história. É interessante acompanhar sua evolução através dos tempos, numa trajetória que empolga os mais apaixonados pela história do Brasil Criado em 1935, o noticiário começou como Programa Nacional, passou a ser chamado em 1938 de Hora do Brasil e, finalmente, em 1971, foi batizado como A Voz do Brasil. Ainda hoje, em muitas localidades o programa é uma das principais fontes de informação. A Voz do Brasil é um programa de rádio criado por Armando Campos para dar popularidade a Getúlio Vargas, seu amigo. Já foi chamada como Programa Nacional, mas de 1938 até os anos 70 era chamada de A Hora do Brasil.

Data de setembro de 1922, Rio de Janeiro. Durante as comemorações do centenário da independência do Brasil realizou-se a primeira transmissão radiofônica no país, com um discurso do presidente Epitácio Pessoa. Ali se iniciava a longa trajetória do meio de comunicação mais popular do Brasil, e, durante muito tempo, o mais forte veículo de informação e disseminação de valores e ideias no país. O rádio comumente é voltado para atender às “súplicas” de seu público ouvinte, buscar respostas das autoridades se tornando, assim, um grande aliado e “amigo” daqueles que necessitam. Tanto que se voltam mais para os problemas do cidadão comum, com ênfase no noticiário esportivo e policial. Não raro, programas abertos à participação dos ouvintes, seja através de cartas ou telefone, se prestam a conselhos, resolução de problemas de saúde e emocionais.

Radialistas – Foto: Acervo Pessoal

E a nossa região foi pioneira também nisso. Numa nota divulgada no jornal “A Cidade de Corumbá’, relata o seguinte fato: “Alexandre Wulfs instalou há pouco em sua residência um aparelho de rádio para alto falante de três válvulas de ondas largas. A segunda cidade sul-mato-grossense a contar com recepção de rádio foi Corumbá, onde as primeiras recepções datam, pelo menos, de 1927. O rádio não serviu apenas como meio estritamente técnico, pois através dele foi possível informar, educar e também entreter. Destarte, o rádio nesse rincão desempenhou um papel especialmente importante, pois o antigo Sul de Mato Grosso era uma região com população rarefeita e onde, por esse motivo, eram menos desenvolvidas as vias convencionais de comunicação, e para essas populações o rádio era o meio mais fácil de receberem informações, possuindo assim um caráter também de um serviço social.

Por derradeiro afirmo: quantos grandes vozes temos como exemplo Ramão Achucarro, Mário Mendonça, Arthur Mário, Pierre Adri e Rui Pimentel, do inesquecível Tribuna Livre. É certo que o resultado da comunicação pelo rádio é incontrolável. Ela é sempre mágica, etérea, esvoaçante, volitiva, quase uma quimera. E que essa magia se perpetue.

*Articulista.

Um Comentário sobre “Quem ouvir, favor avisar!”

  1. Francisco Evandro Silva de Santanna disse:

    Rosildo aqui Santanna do Latino Americano o Arthur Mari quer seu fone manda ai

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