Foi impossível não passar um filme na cabeça de Washington, o Coração Valente. O ex-jogador do Fluminense assistiu ao Tricolor perder a primeira partida da final da Recopa Sul-Americana para a LDU por 1 a 0 e logo lembrou das dificuldades que viveu na final da Libertadores de 2008, quando o time das Laranjeiras viu o título terminar com o mesmo adversário equatoriano. Mas, em entrevista exclusiva para o Torcedores.com, ele explicou por que acredita que o desfecho, dessa vez, será diferente.
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O segundo jogo da decisão acontecerá nesta quinta-feira (29), no Maracanã, e fechará a trilogia de decisões entre Fluminense e LDU. Entre a final da Recopa Sul-Americana deste ano e a decisão da Libertadores de 2008, teve também a disputa do título da Sul-Americana de 2009, também vencida pelo time de Quito. Perder o terceiro título para a LDU no Maracanã não passará em branco na história do tricolor, admite o ídolo.
O que achou do primeiro jogo?
Todo mundo sabe o quanto é difícil jogar na altitude, o Fluminense teve de mudar sua maneira de jogar por causa disso. É claro que a LDU foi melhor, mereceu vencer o primeiro jogo, mas o Fluminense ainda teve a questão da arbitragem, que atrapalhou. O melhor, comparando com a final da Libertadores de 2008, é a questão da diferença de gols. Aquele título em 2008 foi decidido na primeira partida (vencida pelos equatorianos por 4 a 2) e dessa vez o Fluminense perdeu apenas por um gol. Então acredito que o time, no Maracanã, com o apoio da torcida, tem totais condições de reverter o resultado e conquistar o título, sem nem precisar ir para a disputa de pênaltis.
Passou um filme na cabeça, ver o Fluminense novamente naquele estádio?
Sem dúvida, a gente lembra a decisão de 2008. É muito difícil jogar na altitude, foi difícil jogar lá para gente e foi novamente para esse Flu de agora.
Vencer a Libertadores ajudou o tricolor a exorcizar o fantasma do vice em 2008. Mas perder um terceiro título para a LDU no Maracanã deixaria uma marca nesse elenco, não?
Não creio que deixará uma marca nos jogadores. É um grupo totalmente diferente, que não tem nenhuma relação com aquelas derrotas lá trás. Mas sem dúvida perder esse título deixaria uma marca no Fluminense, no clube. Perder a terceira final internacional para o mesmo adversário é algo que ficaria marcado. Mas os jogadores do Fluminense atual são muito capazes, se isso acontecer, se o time não for campeão, eles terão totais condições de lidar com isso da melhor maneira e seguir a temporada normalmente, buscando outro título da Libertadores e outros títulos ao longo do ano.
Qual é a sua expectativa com o Fluminense para a temporada?
Esse grupo atual é ainda melhor que o do ano passado. As contratações foram pontuais, de bons nomes, que deixam o Fluminense ainda mais forte. O time perdeu o Nino e ainda não chegou um zagueiro do mesmo nível. O elenco tem bons zagueiros, mas não tem um do nível do Nino. Mas, manteve o André, o Arias, jogadores que vinham sendo procurados por outros clubes. E as peças que chegaram vão manter o nível entre titulares e reservas.
Muitos torcedores reclamaram da idade dos reforços que chegaram. A média de idade do elenco (são 16 jogadores com 30 anos ou mais) preocupa?
Não me preocupa. Vieram jogadores de qualidade e não saiu praticamente ninguém, além do Nino. O que acontece é que é normal os jogadores que estão chegando levarem um tempo até se entenderem com o esquema de jogo do Fernando Diniz. Isso vai levar um tempo. Tem a questão física também, os jogadores não estão no melhor da parte física ainda. Mas tenho certeza de que isso vai ter mudado quando o Fluminense entrar na disputa da Libertadores, do Campeonato Brasileiro.
