Manifestantes que apoiam Donald Trump invadiram nesta quarta-feira (06) o Congresso dos Estados Unidos (EUA), colocando em risco a democracia norte-americana. Houve tumulto e três pessoas foram baleadas, entre elas uma mulher ainda não identificada, que morreu quando recebia o atendimento médico.
De acordo com as primeiras informações, divulgadas agora a pouco pelas principais agências internacionais de notícias, deputados e senadores deixaram o prédio correndo e foram levados a um local seguro.
Forças de segurança, policiais e bombeiros foram mobilizados e enviados para o prédio do Congresso, que foi isolado e cercado. Militares da Força Nacional de Segurança foram acionados e devem chegar ao local nas próximas horas.
Deputados e senadores democratas e republicanos disseram que a invasão do Congresso é um ato inaceitável e que a responsabilidade é do atual presidente, Donald Trump, que se recusar a aceitar a derrota para Joe Biden, presidente eleito.
A prefeita de Washington, Muriel Bowser, declarou toque de recolher na cidade a partir das 18h, por um período de 12 horas. O prazo, no entanto, pode ser estendido caso haja mais tumulto na cidade.
Policiais estão utilizando balas de borracha e gás lacrimogêneo para conter os manifestantes pró-Trump.
Jornalistas e juristas norte-americanos disseram que não houve na história dos Estados Unidos um incidente parecido como o de hoje, ou seja, de um presidente que não reconheceu a vitória de um adversário e incitou a violência no país e a invasão do parlamento.
A Suprema Corte dos Estados Unidos ainda não se manifestou oficialmente, mas fontes indicaram que os juízes podem decretar a prisão domiciliar de Donald Trump.
Os atos de vandalismo hoje em Washington não devem a posse de Joe Biden como o 47º presidente dos Estados Unidos, marcada para acontecer no dia 20 de janeiro de 2020.
A Lei estabelece que no caso de Donald Trump se recusar a deixar a Casa Branca, a residência oficial dos presidentes norte-americanos, ele poderá ser escoltado a força por policiais e militares da Guarda Nacional de Segurança para fora do prédio, podendo inclusive enfrentar um processo judicial por desacato.
Com informações das Agências Reuters e Associated Presse