Temos um diamante nas mãos que ainda não está lapidado, afirma empresário pantaneiro

Alexandre Marques, proprietário da Fazenda Baía Grande, destaca o potencial da região para o empreendedorismo.

Empresário Alexandre Marques, proprietário da Fazenda Baía Grande – Foto: Divulgação

Empresário Alexandre Marques, proprietário da Fazenda Baía Grande – Foto: Divulgação

Neste sábado, 12 de novembro, comemoram-se o Dia do Pantaneiro e o Dia do Pantanal, maior planície alagada do mundo com 210.000 km² espalhados por três países da América do Sul (Bolívia Paraguai e Brasil – onde está a maior parte desta área, mais precisamente nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso).

Apesar de mais de 90% da população brasileira já ter ouvido falar do Pantanal, a maioria (66%) não sabe indicar em qual região está localizado e metade desconhece o tipo de bioma característico do lugar; conforme aponta pesquisa Ibope/WWF-Brasil realizada há três anos.

Para o empresário pantaneiro Alexandre Costa Marques, proprietário da Fazenda Baía Grande, de Miranda-MS, “o mundo já conhece o Pantanal, mas o brasileiro ainda não”. Há 15 anos, o empresário contou com a ajuda do Sebrae/MS para transformar a propriedade em um negócio do segmento de Turismo Rural. Segundo ele, diversos segmentos do Turismo, além da pesca, ainda têm potencial para ganhar destaque e atrair mais turistas à região.

“Poucas pousadas trabalham com grupos escolares, por exemplo. Tem ainda a observação de aves, que é o hobby do momento no mundo e no Brasil ganha cada dia mais adeptos. Temos um diamante nas mãos e ele ainda não está lapidado. Estamos começando. Não é fácil, a caminhada é longa”, aponta Alexandre.

O empresário, descendente de uma geração de pantaneiros, relata que recebe muitos turistas estrangeiros todo ano, e observa que todos eles buscam interagir com as pessoas locais; como, por exemplo, por meio do Dia de Campo, opção oferecida por muitas pousadas para que o hóspede participe da lida na fazenda.

“Quando eles veem o peão, com laço de couro, tomando o tereré, a reação é fenomenal. O turismo e a cultura pantaneira estão aí pra mostrar ao mundo que a região pantaneira é maravilhosa, e não é só bichos; tem gente, cultura, gastronomia, música”, exalta.

Alexandre acredita que é necessário direcionar mais divulgações dos atrativos existentes no Pantanal à população do estado, para que então as raízes sejam compreendidas e difundidas ainda mais. “Pra dar valor na cultura pantaneira, o sul-mato-grossense tem que conhecer de verdade o Pantanal”, conclui.

Fluxo de turistas

De acordo com um levantamento da Secretaria de Turismo de Mato Grosso do Sul, em 2015, os atrativos turísticos do Pantanal e de Bonito receberam, juntos, quase 500 mil turistas.

O município de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou 281 mil visitantes. Somente a Estrada Parque Pantanal representou 78,9% do fluxo de estrangeiros de 28 países. Já os estados que mais enviaram turistas a Bonito – do total de 204 mil que passaram pelo destino em 2015 – foram São Paulo (39,13%), Paraná (10,95%), Mato Grosso do Sul (9,30%), Rio de Janeiro (7,4%), Santa Catarina (7,07%) e Rio Grande do Sul (5,27%). Em relação aos países, lideram: Paraguai (1,23%); Estados Unidos (0,95%) e Canadá (0,67%).

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