Sabará Hospital Infantil alerta para casos de coqueluche no município de São Paulo

De janeiro a maio foram registrados 32 casos da doença, provavelmente em decorrência da baixa cobertura vacinal

São Paulo (SP) – O aumento dos casos de coqueluche está gerando preocupação entre os órgãos de saúde. De acordo com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA) do município de São Paulo, até 07/05/2024, foram registrados 32 casos, um aumento de quatro vezes em relação a todo o ano de 2023.

Foto: Divulgação

A coqueluche, também conhecida por tosse comprida, é causada pela bactéria Bordetella pertussis. É uma doença infecciosa aguda transmitida por via respiratória e altamente contagiosa. A doença afeta principalmente crianças com até um ano de idade.

Os principais sintomas da coqueluche são: tosse seca e prolongada, podendo haver vômitos, febre e falta de ar que, em alguns casos, pode levar à falta de oxigenação no sangue. “Em estados mais críticos, a coqueluche pode causar pneumonia, convulsões, comprometimento do sistema nervoso central e até mesmo o óbito”, explica Dr. Francisco Ivanildo de Oliveira, gerente médico e infectologista do Sabará Hospital Infantil.

Segundo a UNICEF, cerca de 1,6 milhão de crianças em todo o país não receberam as doses da vacina tríplice bacteriana (DPT) entre 2019 e 2021. Esta vacina, que protege contra coqueluche, difteria e tétano, possui uma alta eficácia e é administrada em três doses aos dois, quatro e seis meses, com reforços aos 15 meses e aos quatro anos. Além das crianças, a vacina contra a coqueluche também está indicada para profissionais da saúde e para gestantes, a partir da 20ª semana de gestação, com a finalidade de proteger os recém-nascidos. “O aumento da doença está relacionado provavelmente à baixa adesão à vacinação em todos os grupos”, explica o infectologista.

O Sabará atua em parceria com os órgãos oficiais de saúde como uma unidade sentinela para detecção de casos de coqueluche. Nesse momento, não há um surto no estado, mas devemos estar atentos ao aumento de casos, que vem sendo verificado também em outros países”, explica o Dr. Francisco.

O especialista aponta ainda que a vacinação é a melhor estratégia para combater a doença. “Os pais devem levar seus filhos à UBS mais próxima para receber a vacina, que é gratuita, e evitar que a doença prolifere. Também é fundamental ampliar a vacinação entre as gestantes”, explica Dr. Francisco.

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