Status sanitário da suinocultura vai alavancar o setor economicamente, aponta Asumas

V Fórum da Suinocultura reúne mais de 750 profissionais em Dourados

Temos uma suinocultura exemplar, que em poucos anos passou ser protagonista no país. Assim que avançarmos no status sanitário, vamos alavancar ainda mais economicamente, com mais adesão ao mercado e demanda por exportação. A afirmação é do presidente da Asumas – Associação Sul-matogrossense de Suinocultores, Milton Bigatão, que falou para mais de 750 profissionais ligados à produção de suínos, durante o V Fórum de Desenvolvimento da Suinocultura de MS, nesta terça-feira (16), em Dourados.

Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária/Divulgação

A afirmação do presidente da Asumas, diz respeito ao status livre de febre aftosa sem vacinação, pelo qual Mato Grosso do Sul já é reconhecido. Mas segundo o presidente o setor avançará ainda mais, quando MS for reconhecido como livre de febre aftosa, sem nenhuma denominação.

Dentro da estratégia do atual governo, foi estabelecida a suinocultura como eixo fundamental de desenvolvimento. Nós já somos livre de febre aftosa sem vacinação. Esse é o primeiro passo que nós adquirimos esse ano. Agora nós temos todo um trabalho de vigilância pra que a gente consiga consolidar, livre de febre aftosa sem nenhuma denominação. Nós queremos sair em bloco [para esse status], mas o Governador Eduardo Riedel já definiu, se nos próximos dois meses, não alinharmos com os blocos, Mato Grosso do Sul propõe a saída sozinho da estrutura, pra que a gente rapidamente possa se tornar livre da aftosa”, pontuou o secretário da Semadesc, Jaime Verruck.

Para o presidente da ABCS – Associação Brasileira dos Criadores de Suínos Marcelo Lopes, outro fator que tem mudado o rumo da suinocultura é a transição dos independentes para integrados à indústria. “Estou muito impressionado com Mato Grosso do Sul. Acredito que a suinocultura brasileira terá uma transformação muito grande, ela já está passando por isso, estamos vendo uma diminuição da suinocultura independente e o aumento da suinocultura integrada, com as grandes agroindústrias e cooperativas, que é a tendência. Essas parcerias são importantes e fazem o Brasil crescer, hoje nós ocupamos a quarta colocação na produção e exportação, porque essas parcerias são realmente importantes”, pontua.

Outra transformação é que 93% das exportações brasileiras estão no eixo do Sul, concentrada nos três estados do Sul. Mas assim que os estados do Centro-Oeste conquistarem os seus status sanitários, não tenho dúvidas que essa situação vai virar aqui para a região. Os investimentos que nós estamos vendo aqui, sem dúvida nenhuma, são investimentos para o futuro e vão fazer MS prosperar”, completa o líder da ABCS.

O presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, destaca que o trabalho das instituições, têm papel fundamental na valorização de um setor. “Estamos alcançando novos patamares da nossa carne, principalmente novos mercados, o que nos permite sair de uma dependência de só um comprador. Nós não podemos ficar escravos de um mercado só. Por isso a importância dessa retirada da vacina. Em 2023 chegamos a mais de 100 mil matrizes, com uma previsão de crescimento de 50% até 2026. E enquanto Federação, seguimos trabalhando juntos com a Asumas, trazendo desenvolvimento, fazendo com que isso alavanque a nossa a suinocultura”, finaliza.

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