Sobe para 41 o número de mortos em decorrência dos terremotos no Japão

Foto: Kyodo/Reuters

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Subiu para 41 o número oficial de mortos em decorrência dos fortes terremotos que desde quinta-feira (14/04) atingem o Sul do Japão. Já o número oficial de feridos é de 152 pessoas e o de desaparecidos é de 2 vítimas.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, ainda existem dezenas de pessoas soterradas sob os escombros de casas e prédios que desabaram e sob toneladas de terra que desceram as encostas de morros.

As autoridades japonesas e o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS – sigla em inglês) informou agora a pouco que um novo tremor de terra atingiu o Sudoeste do Japão na madrugada deste sábado (16/04), fazendo com que pelo menos 20 pessoas morressem e deixando 32 pessoas feridas.

Segundo dados do USGS, o terremoto foi de 7 graus na Escala Richter e atingiu a região por volta das 01h25min (horário local). Um alerta de tsunami foi emitido pelas autoridades japonesas, mas pouco depois ele foi cancelado.
A Agência Meteorológica do Japão avaliou o tremor em 7,3 graus na Escala Richter, e disse que o terremoto da última quinta-feira (14/04) foi um precursor.

Equipes de resgate, policiais, bombeiros e soldados do Exército já foram mobilizadas e já estão seguindo para as regiões afetadas. Há relatos de que continuam ocorrendo tremores secundários nessas áreas, e que muitas pessoas continuam nas ruas a espera de socorro.

A Região de Kumamoto, na Ilha de Kyushu, foi atingida nas últimas 48 horas por uma série de tremores de terra e réplicas, tendo os terremotos causado uma gigantesca avalanche de terra e pedras que soterrou casas, estabelecimentos comerciais, prédios públicos estradas.

As equipes de resgate estão tendo dificuldades para entrar em Kumamoto, tendo alguns bombeiros e policiais conseguindo chegar de helicóptero. Os feridos estão sendo levados aos hospitais a bordo dessas aeronaves.

Foto: Yusuke Ogata/Kyodo News via AP

Foto: Yusuke Ogata/Kyodo News via AP

Segundo a porta-voz da Prefeitura de Kumamoto, Yumika Kami, o número de mortos na cidade chega a 32 vítimas, e o de feridos ultrapassa já os 50.

O balanço total de vítimas subiu para 32 mortos, entre eles, dois estudantes que foram soterrados em uma residência universitária“, declarou Yumika Kami à Agência de Notícias AFP.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse em entrevista coletiva, que o número oficial de feridos é de 184 vítimas, mas que esse número deve aumentar nas próximas horas.

A prioridade agora é chegar aos locais atingidos e salvar as vítimas. Temos que agir rapidamente para evitar novas mortes”, disse Shinzo Abe, que deve viajar as áreas mais atingidas pelos tremores de terra.

Shinzo Abe disse ainda, que “está previsto que o tempo piore nas regiões nas próximas horas, podendo haver riscos de novos deslizamentos e outros desastres”.

A Agência Meteorológica do Japão informou agora a pouco que a previsão é de fortes chuvas no Sul e Sudoeste do país neste fim de semana, podendo ocorrer deslizamentos de terra em algumas áreas.

O Governo do Japão mobilizou 20 mil homens do Exército para ajudar nos trabalhos de resgate das vítimas. Alguns deverão seguir ainda hoje para a cidade de Misato, onde cerca de 10 mil pessoas devem deixar a área por precaução.

O especialista em sismologia, Gen Aoki, da Agência Japonesa de Meteorologia, disse que ao todo já foram registrados essa semana 123 tremores de terra no país, mas que a maioria foram de baixa intensidade.

Segundo ele, dezenas de casas, muitas muito antigas e de madeiras, desabaram, tendo algumas ficado total, ou parcialmente, destruídas. Ao todo, 44 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e permanecem abrigas em centros públicos de refugiados.

Uma ponte de 200 metros de comprimento desabou, e um santuário milenar e histórico foi destruído. Várias rodovias e estradas ficaram com rachaduras e fissuras, tendo algumas sido interditadas total e/ou parcialmente.

Cerca de 14 mil pessoas estão sem eletricidade, sem água potável, sem gás encanado e sem telefonia fixa e móvel.

Por precaução, as autoridades determinaram o fechamento das usinas nucleares de Sendai, Genkai e Ehime. As atividades foram suspensas e os reatores desligados.

Até o momento não foi registrado avarias nas usinas nucleares do país.

O Japão encontra-se localizado na zona denominada de ‘Círculo de Fogo do Pacífico’, uma das regiões mais sísmicas e ativas do mundo, e que frequentemente é afetada por tremores, a maioria de baixa intensidade.

A cada ano, o país sofre mais de 20% dos terremotos mais fortes registrados no planeta.

Com informações das Agências France Presse e Reuters

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