Maurício Saito, presidente do Sistema Famasul – Foto: Divulgação
“Mato Grosso do Sul é referência em produtividade de grãos, mantendo a preservação do meio ambiente. Comprovamos isso com o crescimento na produção de soja e milho, lembrando também que o setor foi responsável por grande parte da geração de empregos no Estado este ano”. A afirmação foi feita pelo presidente do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Mauricio Saito, nesta quarta-feira (21), durante a abertura do Seminário Programa MS Mais Sustentável, no auditório da Casa Rural.
Saito ressaltou que, dentre os fatores que possibilitaram o desenvolvimento, estão o empreendedorismo dos produtores rurais, a inovação da comunidade científica e o fortalecimento das instituições que compõem a cadeia produtiva do setor produtivo. “Nosso Estado é um bom exemplo do quanto o produtor tem colaborado com a preservação do meio ambiente. Por isso, o Sistema Famasul e os parceiros elaboraram uma cartilha prática e de fácil acessibilidade”.
O material citado por Mauricio Saito foi idealizado pelo Sistema Famasul, Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Aprosoja/MS, Soja Plus, Agroicone, Abiove e Imput. A cartilha do PRA – Programa de Regularização Ambiental tem a finalidade de esclarecer as dúvidas sobre os passos que os produtores deverão seguir após fazer o Cadastro Ambiental Rural, como forma de cumprir as obrigações do Código Florestal e poder tomar crédito agrícola, vender seus produtos e manter a fazenda em ordem quanto às obrigações ambientais previstas por lei.
A deputada federal, Tereza Cristina Correa da Costa Dias, pontuou a perseverança dos produtores, mesmo diante de tantas dificuldades para continuar na atividade. “Nosso país possui uma das legislações mais rígidas do mundo e, ainda assim, acompanhamos a cada ciclo o crescimento da produtividade agropecuária e a manutenção do meio ambiente. As ações apresentadas aqui comprovam que o Mato Grosso do Sul está na dianteira no que se refere à sustentabilidade, com bons exemplos para repassar ao restante do país”, observou.
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Trabalho em equipe – Reforçando o comprometimento do setor produtivo, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, destacou a importância do CAR – Cadastro Ambiental Rural. “O cadastro já registrou a adesão de 75% dos produtores rurais do Estado, o que significa mais de 44 mil propriedades regularizadas, das quais 10 mil já constam no Sicar, que é o sistema do governo federal. Além disso, a administração estadual trabalha para finalizar o cadastramento das pequenas propriedades rurais sul-mato-grossenses antes do final do ano”, esclareceu o representante, acrescentando: “O lançamento desta cartilha de orientação demonstra que os setores envolvidos estão comprometidos em aprimorar a atividade com responsabilidade, por isso, unimos esforços para alcançar o registro de 100% das propriedades”.
O secretário-executivo da Abiove – Associação Brasileira Indústrias Óleos Vegetais, Fábio Trigueirinho, foi um dos palestrantes e esclareceu os presentes sobre as novas exigências do mercado da soja brasileira. “Alcançamos um patamar que nos permite competir com o maior produtor mundial que é os Estados Unidos, visto que somos responsáveis por um terço da produção mundial. Nosso diferencial é possuir tecnologia, clima e solo fértil e, o mais importante, investir em tecnologia e inovação da atividade agrícola, o que implica na preservação de 65% do território nacional”, argumentou.
Na oportunidade, a gerente de sustentabilidade da ADM – Archer Daniels Midland Company, Amanda Cosenza, apresentou programas de sucesso desenvolvidos pela empresa, que tem colaborado na boa imagem que o Brasil tem frente à União Europeia e China, os principais compradores. “Por intermédio da Abiove ficamos sabendo de ações importantes como o programa Soja Plus que está presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os dois estados se destacam ainda por participarem de uma iniciativa chamada ‘Produzindo Certo’, idealizada pela ADM e cujo objetivo é incentivar os agricultores brasileiros a adotarem boas práticas agrícolas, reduzindo o impacto ambiental e garantindo boas condições de trabalho aos colaboradores”, detalhou.
A última palestra do Seminário foi ministrada pelo diretor geral da Agroicone, Rodrigo Lima, que falou do Cadastro como instrumento essencial de gestão da propriedade exemplificando com três pilares: o CAR/MS e Seriema, o PRAS – Programa MS Mais Sustentável e os Termos de Compromissos, chamados de TC. “A regularização permite que o produtor conheça sua propriedade. É uma fotografia do imóvel rural. Verdadeiro instrumento de planejamento e segurança jurídica. Este será um requisito cada vez mais exigido e essencial para o licenciamento ambiental, para acesso ao crédito, compra e venda de produtos entre outros benefícios e implicações possíveis”, explica.
