Sectei reúne classe musical do Estado e apresenta edital Som da Concha

Foto: Daniel Reino/FCMS

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Campo Grande/MS – Na tarde desta terça-feira (1), a Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei) reuniu representantes do setorial da música de Mato Grosso do Sul para um debate, apresentando as alterações no edital do Som da Concha e esclarecendo algumas questões políticas vigentes.

O edital foi apresentado pelo secretário Athayde Nery e pela secretária adjunta Andréa Freire, acompanhados do superintendente do Fundo de Investimentos Culturais (FIC-MS), Ricardo Maia, da gerente de Difusão Cultural da FCMS, Soraya Aparecida Ferreira e da coordenadora do Núcleo de Música, Cristiane Freire.

Na ocasião, Athayde fez um apanhado de quais políticas e planejamentos a Sectei está desenvolvendo para atender a classe musical, dentro das reivindicações exigidas pelos músicos em consenso com o Sindicato dos Músicos, Autores e Técnicos do Mato Grosso do Sul (Simatec-MS). Fatores como o Plano Estadual de Cultura, Sistema Estadual de Cultura, FIC, mudanças em relação ao edital anterior e projetos a serem desenvolvidos em parceria com a classe, foram os principais fatores discutidos.

Após as apresentações os profissionais presentes puderam reivindicar e acrescentar sugestões ao texto, com auxílio dos representantes do sindicato.

A conselheira estadual de cultura do MS, Maria Alice Martins, contou como foi sua participação como delegada durante o encontro no Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), frisando a necessidade de agrupar mais pessoas, tendo em vista o número pequeno de participantes no MS em relação aos outros Estados.

Som da Concha

Foto: Daniel Reino/FCMS

Foto: Daniel Reino/FCMS

O cachê dos músicos para o Som da Concha que antes era de R$ 750,00 para o show de abertura e R$ 1.500 para o show de encerramento, passará a R$ 2.000 para o primeiro e R$ 7.000 para o show final. O valor total do edital que antes era em torno de 200 mil reais dobrará para 405 mil reais.

Entre as alterações do edital onde na redação anterior o interessado optava apenas pelos estilos musicais: música erudita, instrumental, pop rock, rock, blues e jazz, foram acrescentadas as opções: soul, música do mundo (músicas étnicas), MPB, samba de raiz, forró, choro, bossa nova, sertanejo de raiz, rap/hip hop, eletrônica, funk e reggae.

O que antes era nomeado como show principal passará a ser chamado de show de encerramento.

Para o show de encerramento (60 minutos), serão selecionados músicos, grupos ou bandas de integrantes residentes do estado de Mato Grosso do Sul, com proposta musical em CD gravado profissionalmente e reproduzido em escala industrial ou em coletâneas, e atuação mínima de quatro anos consecutivos, entre outras alterações.

Já para o show de abertura (40 minutos), também serão selecionados músicos, grupos ou bandas de integrantes residentes no estado de Mato Grosso do Sul, mas com proposta musical gravada no mínimo em CD Demo e atuação mínima de dois anos consecutivos.

O lançamento do edital Som da Concha está marcado para o dia 15 de dezembro, mesmo dia dos outros editais da Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul (FCMS).

Organização

Foto: Daniel Reino/FCMS

Foto: Daniel Reino/FCMS

Dentre os esclarecimentos, sugestões e debates, a palavra que definiu a reunião foi: organização.

“A reunião deixou clara a necessidade de fortalecer o grupo. A democracia é uma construção molecular, temos que organizar melhor o sindicato e as entidades, todos tem que estar antenados com as políticas públicas. Não há como cobrar do governo sem estarem politicamente preparados e entendendo como a máquina funciona. Acredito que agora a classe vai criar novas estratégias e se apropriar disso, definindo se rumo com mais força política”, opinou o secretário Athayde.

“Tudo é participação, tudo é gente, temos que ter uma classe numerosa, organizada e unida, não há outro caminho senão a participação política”, acrescentou a secretária adjunta Andréa Freire.

“O maior ganho do encontro foi a percepção dos músicos de que eles têm que se organizar melhor, se aproximar ainda mais do sindicato, se inserir no contexto do conselho, fórum e outras questões que ainda estão bem distantes”, finalizou a coordenadora do núcleo de música da Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul, Cristiane Freire.

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