Rússia e Síria intensificam bombardeios aéreos contra rebeldes

Os ataques aéreos causaram a morte de centenas de civis, entre elas muitas mulheres e crianças.

Aviões militares russos e sírios intensificaram na madrugada desta quinta-feira (02) os ataques aéreos e os bombardeios no Noroeste da Síria, com o objetivo de derrotar forças rebeldes.

A investida, no entanto, não deu resultado, já que a maioria das vítimas foram civis, a maioria mulheres e crianças. A oposição e o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), cuja sede fica localizada em Londres, capital da Inglaterra, informaram que os ataques mataram centenas de civis desde setembro de 2018, quando teve início os ataques aéreos.

Forças aéreas russas e sírias intensificaram na madrugada desta quinta-feira (02) os ataques no Noroeste da Síria, causando a morte de dezenas de civis – Foto: Reuters TV/Reuters/Cortesia

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, os rebeldes controlam uma grande área no Noroeste da Síria, mas um acordo entre a Rússia e a Turquia estabeleceu que a região fosse declarada uma zona desmilitarizada.

Os rebeldes não são oficialmente militares e/ou oficiais de nenhum exército e, portanto, poderiam permanecer com suas armas.

Os vilarejos e cidades localizados no Norte de Hama e no Sul de Idlib foram os mais visados no ataque aéreo desta madrugada. Os bombardeios atingiram dezenas de casas, escolas e hospitais.

O governo dos Estados Unidos (EUA) alertou a Comunidade Internacional para um possível aumento nos ataques aéreos e ofensivas terrestres contra os rebeldes, cujos civis são as maiores vítimas.

Autoridades norte-americanas disseram que a ofensiva militar de russos e sírios na região obrigaram milhares de civis sírios a fugiram para campos de refugiados na fronteira com a Turquia.

Há relatos, ainda não oficialmente confirmados, de que os ataques aéreos danificaram e/ou destruíram instalações médicas na região. Uma Organização Não-Governamental (ONG) de assistência médica dos EUA também foi atingida, mas por sorte ninguém ficou gravemente ferido.

A vice-presidente da União de Organizações de Cuidados Médicos e Alívio dos EUA (UOSSM US), Khaula Sawah, disse nesta quarta-feira (1º de maio), que “as instalações médicas estão sendo esvaziadas, deixando os mais vulneráveis sem acesso a cuidados médicos. Estamos à beira de uma catástrofe humanitária“.

Testemunhas disseram que helicópteros do Exército Sírio efetuaram diversos disparos contra civis, e que alguns lançaram bombas-barril, tambores e cilindros cheios de explosivos, causando indiscriminadamente destruição e mortes.

Até o momento o registro oficial é de 15 civis mortos e de 45 civis feridos. As vítimas estão sendo socorridas e levadas para hospitais em Idlib, que continua com o estoque de medicamentos e insumos muito baixo.

Com informações das Agências France Presse e Reuters

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