Rede de apoio no esporte: o poder impulsionador por trás de atletas de alto rendimento

Iza Chiappini contra a seleção dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos (Foto: Divulgação)

No palco competitivo do esporte, onde a excelência e o desempenho excepcional são buscados incansavelmente, existe um elemento essencial e muitas vezes invisível que desempenha um papel fundamental na trajetória de atletas extraordinários: a rede de apoio. À medida que o prestigiado Pan-Americano se aproxima, emergem histórias inspiradoras que destacam como essa poderosa rede pode transformar sonhos em realidade. Uma dessas histórias é a jornada extraordinária da brasileira Iza Chiappini, a segunda melhor jogadora de polo aquático do mundo, cujo sucesso é um testemunho vivo do papel indiscutível da rede de apoio na conquista de feitos grandiosos e agora está de volta ao Brasil.

Carolina Delboni, educadora, escritora e especialista em comportamento da juventude, enfatiza que o papel da família é essencial no desenvolvimento de um atleta de alto rendimento. Ela destaca que, especialmente com as especificidades dessa faixa etária, a família deve ficar atenta às necessidades do atleta e entender a carga horária exaustiva que ele enfrenta. Para Iza, seus pais têm um papel crucial em seu percurso no polo aquático, oferecendo-lhe segurança emocional e apoio constante.

Reconhecida mundialmente como um dos principais nomes do esporte e agora como capitã da Seleção Brasileira, Iza conquistou junto com seu time a vaga para o Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, em Fukuoka, Japão. Entretanto, infelizmente a seleção não pode ir para o campeonato, devido à falta de verba da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos).

Carolina Delboni ao lado de Iza Chiappini (Foto: Divulgação)

Iza, após se destacar nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 pelo Brasil, recebeu um convite para integrar a Seleção Italiana de Polo Aquático. Embora tenha sido artilheira e MVP em importantes competições, sua jornada na Itália foi marcada por bullying, xenofobia e exclusão por parte das companheiras de equipe. Essa experiência a levou a uma profunda depressão e fez com que abandonasse o esporte por um ano. No entanto, ao retornar ao Brasil, encontrou apoio e determinação para superar as adversidades, tornando-se capitã da seleção brasileira e alcançando notáveis conquistas esportivas ao longo de sua carreira.

A trajetória de Izabella Chiappini no Polo Aquático é marcada por brilhantes conquistas. Premiada como a melhor atleta do Brasil em 2013 pelo COB, em 2015 foi reconhecida internacionalmente como a segunda melhor jogadora do mundo, sendo considerada a melhor na categoria “na linha”. Além disso, foi artilheira e MVP do Campeonato Italiano Série A1, conquistando a medalha de prata na Liga Mundial em 2019 com a seleção italiana. Representando o Brasil, obteve medalhas de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2011 e 2015, além de ser diversas vezes artilheira e MVP em campeonatos Sul-americanos, Brasileiros e Paulistas pelo Esporte Clube Pinheiros. Sua resiliência e determinação a levaram a superar as dificuldades enfrentadas na Itália, retornando ao seu país e assumindo a posição de liderança na seleção brasileira, que competirá nos Jogos Pan-Americanos de 2023 em Santiago.

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