Projeto de Lei que institui o Dia Municipal da Mulher Indígena é aprovado por unanimidade na Câmara Municipal de Campo Grande

A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou hoje (26), o Projeto de Lei que visa instituir o Dia Municipal da Mulher Indígena de forma unânime pelos vereadores da cidade. O projeto, de autoria da vereadora Luiza Ribeiro (PT), recebeu amplo apoio e também subscreveram o projeto como autores os vereadores Ayrton Araújo, Claudinho Serra, Professor Juari, Ademir Santana, Dr. Jamal, Silvio Pitu, Professor André Luís e Coronel Villasanti.

Foto: Divulgação

O Dia Municipal da Mulher Indígena será uma data dedicada a reconhecer e celebrar a contribuição significativa das mulheres indígenas para a cultura, sociedade e história de Campo Grande. Essa iniciativa destaca a importância de reconhecer e preservar a riqueza da cultura indígena, bem como promover a igualdade de gênero e a inclusão.

A vereadora Luiza Ribeiro, autora do projeto de lei, expressou sua gratidão pelo apoio unânime da Câmara Municipal, afirmando: “Esta é uma conquista significativa para todas as mulheres indígenas de Campo Grande. Estamos avançando em direção a uma sociedade sem racismo, inclusiva e igualitária, onde as vozes das mulheres indígenas são ouvidas e valorizadas.”

O Dia Municipal da Mulher Indígena, denominado Kaguateka, será comemorado anualmente, no dia 5 de setembro, momento que servirá para colocar em relevo a contribuição das mulheres indígenas das várias etnias para nossa Capital.

A palavra Kaguateka é um acrônimo criado pela líder indígena Marta da Silva Vito, conhecida como Marta Guarani, já falecida, que foi articuladora das causas indígenas, feministas e pelo fim da violência contra as mulheres. Marta Guarani pautou sua vida na luta pela demarcação de terras, nas denúncias contra as opressões do seu povo, e escolheu o nome para criação da Associação Indígena Kaguateka “Marçal de Souza”, uma referência a unificar as diferentes etnias indígenas de Mato Grosso do Sul, criada com objetivo de encaminhar denúncias e reivindicações dos povos indígenas Kadiwéu, Guarani, Terena e Kaiowá, assim como lutou pelo reconhecimento de etnias consideradas extintas, como a comunidade Guató.

Kaguateka é uma palavra inventada por Marta Guarani que se compõe das primeiras sílabas das designações das etnias Kadiwéu, Guarani, Terena e Kaiowá.

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