Papa pede que políticos abordem migração com fraternidade

Francisco enviou mensagem a partido de hospital em Roma

O papa Francisco pediu neste domingo (11) que políticos cristãos europeus abordem temas importantes, como as crises migratória e climática, com “fraternidade humana”.

Fiéis reunidos em oração em frente ao hospital (Foto: Ansa)

Fiéis reunidos em oração em frente ao hospital (Foto: Ansa)

O apelo foi feito pelo Pontífice em uma mensagem enviada ao Partido Popular Europeu (PPE) do Hospital Policlínico Universitário Agostino Gemelli, em Roma, onde se recupera de uma cirurgia abdominal para corrigir uma hérnia desde a última quarta-feira (7).

“Creio que os políticos cristãos de hoje devem ser reconhecidos por sua capacidade de traduzir o grande sonho da fraternidade em ações concretas de boa política em todos os níveis: local, nacional, internacional”, diz o texto.

“Por exemplo: desafios como a migração, ou cuidar do planeta, só podem ser enfrentados a partir deste grande princípio inspirador: a fraternidade humana”, acrescenta.

No documento, Francisco dá vários conselhos aos parlamentares europeus e, em particular, aos políticos cristãos que “devem distinguir-se pela seriedade com que abordam as questões, rejeitando soluções oportunistas e mantendo-se sempre fiéis aos critérios da dignidade da pessoa e do bem comum”.

O argentino pediu ainda unidade sobre “valores éticos primários”, reforçando que “um grande grupo parlamentar deve prever um certo pluralismo interno”.

Além disso, ele recordou sua última viagem à Hungria e defendeu a importância de uma “Europa que combine unidade e diversidade”, “Uma Europa que valoriza plenamente as diferentes culturas que a compõem, a sua riqueza de tradições, línguas e identidades, que são as dos seus povos e da sua história, mas que ao mesmo tempo é capaz, com as suas instituições e as suas iniciativas políticas e culturais, de fazer com que este riquíssimo mosaico forme figuras coerentes”, escreveu Jorge Bergoglio na carta ao presidente do grupo, Manfred Weber.

O texto é datado de 9 de junho, dia em que o Papa deveria ter uma audiência privada com os parlamentares do PPE, a qual deve ter sido cancelada devido à sua hospitalização.

Esta é a primeira vez que o religioso assina um documento do Policlínico Gemelli. A mensagem, enviada ao Partido Popular Europeu, traz a assinatura “Francisco” na parte inferior junto com “Roma, Policlínico Gemelli, 9 de junho de 2023”.

Normalmente, os documentos do Papa são enviados oficialmente do “Palácio Apostólico” ou de “San Giovanni in Laterano”, sendo este último é a sede do Bispo de Roma.

Entre os outros lugares onde Bergoglio assinou cartas e documentos papais também está Assis, mas o hospital onde está internado nunca foi indicado.

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