Um navio de madeira sem tripulação e contendo oito corpos e esqueletos humanos chegou no litoral do Japão na tarde de domingo (26/11) deixando os moradores assustado e as autoridades locais intrigadas.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, a embarcação atingiu uma das praias da cidade de Oga, no Noroeste do país, ficando encalhada em um banco de areia. O barco é de madeira e possui cerca de 7 metros de comprimento.
As autoridades policiais japonesas acreditam que a embarcação seja de pesca e oriunda da Coréia do Norte. Elas tentam agora identificar os corpos.
Não é incomum que barcos de pesca norte-coreanos sejam arrastados pelas correntes marítimas, fazendo com que fiquem à deriva. Algumas embarcações já ficaram à deriva e chegaram ao Japão, sendo então devolvidos a Coréia do Norte.
O barco, ainda intacto, estava sem dispositivo de navegação e levava a bordo oito corpos, alguns em estado de decomposição e outros já sendo esqueletos.
O ‘navio fantasma’ encontrado no domingo (26/11) apareceu dias depois que outra embarcação com um grupo de homens a bordo, que diziam ser norte-coreanos, ter aparecido em Yurihonjo, na mesma região.
Esses cidadãos, supostamente norte-coreanos, estavam aparentemente bem de saúde e disseram deixaram o litoral da Coréia do Norte com o objetivo de pescar lulas, mas que acabaram chegando a costa japonesa devido ao mau tempo e as fortes ondas.
As autoridades japonesas informaram que outros dois corpos foram encontrados no sábado (25/11) na Ilha de Sado. Junto aos restos mortais haviam dois maços de cigarros de marca norte-coreana, além de outros pertences.
Ainda segundo as autoridades do Japão, é comum avistar embarcações da Coréia do Norte em águas territoriais japonesas, sendo que em alguns casos a Guarda Costeira precisa resgatar as tripulações desses barcos.
Um especialista em comércio exterior, ouvido pela equipe de reportagem, disse que a aparição desses ‘navios fantasmas’ no mar do Japão é uma consequência da tentativa das autoridades norte-coreanas em saciar a fome no país, exigindo dos pescadores cotas ainda maiores de frutos do mar.
Com informações da Agência Reuters