Um incêndio de grandes proporções atingiu e destruiu na madrugada desta quinta-feira (31) um prédio ocupado na cidade de Johanesburgo, na África do Sul, causando a morte de pelo menos 76 pessoas. Outras 40 pessoas ficaram feridas e foram levadas para hospitais da região.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, as causas do incêndio ainda são oficialmente desconhecidas, mas já estão sendo investigadas.
O prédio pertence a Prefeitura de Johanesburgo e no passado era utilizado por negros sul-africanos, à espera de documentos para entrar em bairros de maioria branca. O local é vinculado ao Apartheid e os negros esperavam o visto para poder ir trabalhar nos bairros de pessoas brancas.
O edifício possui cerca de cinco andares e fica localizado no centro da cidade. Todos os andares foram atingidos pelas chamas e pela fumaça.
A edificação tem um passado triste, ligado as políticas segregativas do Apartheid. No local, os negros pegavam o ‘Dompass’, um documento que permitia a entrada em bairros de brancos para trabalhar.
Atualmente, o local estava sendo utilizado como moradia de imigrantes, que deixaram seus países de origem por causa das guerras e da fome.
O porta-voz dos Serviços de Gestão de Emergências de Johanesburgo, Robert Mulaudzi, informou que equipes de emergência foram mobilizadas e enviadas para a região, que foi isolada. Todas as vias de acesso foram bloqueadas e estão interditadas para o tráfego de veículos. Apenas viaturas oficiais podem passar.
Ainda de acordo com Robert Mulaudzi, o número de vítimas (mortos e feridos) pode aumentar nas próximas horas.
Os bombeiros estão trabalhando arduamente para tentar controlar e apagar totalmente o fogo. Após o encerramento deste trabalho, eles irão realizar o rescaldo, afim de evitar que novos focos de fogo possam surgir no local.
Robert Mulaudzi disse ainda que os imigrantes invadiram o prédio sem permissão das autoridades, e transformaram o local em uma espécie da ‘favela’, com estruturas de madeira separando os pequenos cômodos, e acendendo velas, já que o fornecimento de energia elétrica havia sido suspenso.
Nos andares havia muitas barreiras que dificultaram a saída rápida dos ocupantes e, sobretudo, a entrada dos bombeiros.
Com informações das Agências France Presse e Reuters