O presidente interino de Burkina Faso, Michel Kafando (dir.) e o primeiro ministro, Isaac Zida (esq.), em foto de 21 de novembro de 2014- Foto: AFP Photo/Sia Kambou
Um Golpe de Estado em Burkina Faso, ocorrido na tarde de quinta-feira (17/09), causou a morte de pelo menos 10 pessoas, e deixou outras 100 feridas. O presidente Michel Kafando, que estava detido, foi libertado pelos militares, mas o primeiro-ministro, Isaac Zilda, continua detido em prisão domiciliar.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, entre os mortos está um adolescente de 14 anos, que foi atingindo por uma bala perdida. Todos os feridos foram socorridos e encaminhados a hospitais.
Informações preliminares revelam que aproximadamente 45 pessoas teriam sido presas, e que o antigo presidente do regime de transição, Michel Kafando, que havia sido destituído pelos militares em julho deste ano, foi libertado. Seu paradeiro, no entanto, é incerto.
As informações acerca do Golpe de Estado em Burkina Faso ainda são desencontradas, não se sabendo ao certo qual grupo liderou o movimento golpista.
Autoridades disseram que membros do Conselho Nacional para a Democracia de Burkina Faso teria decidido libertar o presidente Michel Kafando e os ministros, mas que decidiram manter o primeiro-ministro Isaac Zilda detido.
Manifestantes contra o golpe se reuniram neste sábado (19/09) próximo a uma barricada em Ouagadougou, em Burkina Faso – Foto: Joes Penney/Reuters
Fontes das Forças Armadas, que preferiram não se identificar, disseram que o general Gilbert Diendéré foi quem decidiu realizar o golpe, e que ele agora é o novo homem-forte do país. Ele teria assumido a liderança do movimento golpista.
A Comunidade Internacional condenou o golpe, e exigiu a liberdade dos dirigentes detidos. Já a União Africana anunciou neste sábado (19/09), que por decisão unânime Burkina Faso está suspensa da entidade, e que haverá sanções contra o país e contra os instigadores do Golpe de Estado, principalmente contra os militares.
Com informações das Agências France Presse e Reuters
