Fundação de Cultura de MS lança prêmio inédito para artistas 60+

O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Cultura, lançou o edital “Cultura Em Movimento – Prêmio Glorinha De Sá Rosa: Valorizando Os Expoentes” que vai premiar 20 artistas nas categorias: Artes Visuais, Artesanato, Audiovisual, Circo, Dança, Literatura, Música, Patrimônio Cultural e Teatro, que possuam, no mínimo 60 (sessenta) anos de idade na data da inscrição, comprovem o tempo mínimo de 10 (dez) anos de atuação cultural, e residência no Estado nos últimos 5 (cinco) anos.

Professora Glorinha Sá Rosa – Fotos: Edemir Rodrigues

O edital completo pode ser baixado no link: https://bit.ly/editalpremioglorinha e as inscrições podem ser feitas pelo formulário online: https://bit.ly/formulariopremioglorinha o artista tem 45 dias a contada da data de publicação do edital para fazer a sua inscrição. O valor da premiação será de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a cada selecionado.

Essa premiação é uma forma de reconhecimento aos serviços culturais prestados à sociedade ao longo da trajetória profissional do artista, e medida de garantir a promoção e propagação de seus trabalhos artísticos culturais.

O artista premiado, como forma de contribuir para perenidade de seu trabalho e divulgá-lo às novas gerações, com espírito altruísta, poderá optar em ofertar à sociedade uma oficina/palestra de 2 (duas) horas de duração, a alunos das escolas da Rede Pública Estadual de Ensino, a ser agendada com a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, pelo período de até um ano a contar da data do pagamento da premiação.

Para o recebimento do prêmio, o artista não está obrigado a ofertar a oficina/palestra, tratando-se de mera liberalidade, todavia uma vez assumindo o compromisso com a FCMS deverá executar a oficina/palestra, sendo formalizado um termo de compromisso.

Para o diretor presidente da FCMS, Max Freitas, “esse é um prêmio inédito para nossos artistas com mais de 60 anos, é uma forma de reconhecimento por toda sua contribuição cultural para o Mato Grosso do Sul, acreditamos que dessa forma possamos trazer luz a essas pessoas e suas palestras poderão inspirar novas gerações de artistas e o nome do prêmio não poderia ser o mais assertivo, uma vez que a professora Glorinha Sá Rosa, foi um ícone em nossa cultura e está pra sempre em nossa história”.

Professora Glorinha Sá Rosa – Foto: Daniel Reino

Homenagem à Glorinha Sá Rosa

O prêmio é uma homenagem à professora Glorinha Sá Rosa, uma das grandes expoentes da cultura de MS.  Maria da Glória Sá Rosa nasceu em Mombaça (CE), no dia 4 de novembro de 1927. Era formada em Línguas Neolatinas na PUC/RJ, diplomada em francês, fundou e dirigiu a Aliança Francesa em Campo Grande, além de fundar a Revista Estudos Universitários/FUCMAT; o Teatro Universitário Campo-grandense (TUC) e o Cine Clube de Campo Grande.

Também dirigiu o projeto Prata da Casa, responsável por espetáculos de música ao vivo e pela edição de disco de músicas da região. Trabalhou por cerca de 26 anos na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), fez parte da academia sul-mato-grossense de letras onde ocupava a cadeira de número 19.

Glória também atuou no poder público ocupando diversos cargos como secretária-adjunta da Secretaria de Desenvolvimento Social, assim como presidente do Conselho Estadual de Cultura, superintendente da Secretaria de Cultura e Esportes e presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. Faleceu em 2016 aos 88 anos vítima de um AVC.

Teve as seguintes obras publicadas: Estudo sobre Guimarães Rosa – 1967, Análise Estrutural do Romance – 1971, O Romance brasileiro atual Realismo Mágico e Realismo Mimético – 1976, Análise Interpretativa do conto “Casa de Bronze” de João Guimarães Rosa – 1974, Memórias da Cultura e da Educação em Mato Grosso do Sul, Deus quer, o homem sonha, a cidade nasce – “Campo Grande Cem Anos de História”, Crônicas de Fim de Século – 2001, Contos de Hoje e Sempre – Tecendo Palavras, Artes Plásticas em Mato Grosso do Sul (em parceria com Idara Duncan e Yara Penteado) e a Música de Mato Grosso do Sul, em parceria com Idara Duncan (FIC-MS, 2009).

Ela deixou um legado de ações que vão perdurar para sempre na história do Mato Grosso do Sul e foi sem dúvida uma das maiores incentivadoras da arte do nosso Estado.

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