Josef Schütz, um ex-soldado das Waffen SS e ex-guarda do Campo de Concentração de Sachsenhausen, ao Norte de Berlim, capital da Alemanha, morreu esta semana aos 102 anos, após ser condenado a cinco anos de prisão por sua participação nos crimes nazistas entre os anos de 1942 e 1945.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, Josef Schütz foi condenado em junho de 2022, pelo Tribunal de Hevel, em Brandemburgo, a Leste de Berlim, por “cumplicidade” no assassinato de ao menos 3.500 pessoas, entre judeus, opositores políticos e homossexuais.
Ele se tornou a pessoa mais velha condenada na Alemanha por crimes cometidos durante o Terceiro Reich de Adolf Hitler.
Durante o julgamento, Josef Schütz declarou que não sentia remorso pelo que fez durante o tempo em que trabalhou no campo de concentração, porque estava liberando a Alemanha das pessoas indesejáveis.
Ao todo, foram realizadas 30 audiências e em todas ele não expressou arrependimento pelos crimes que cometeu. O advogado do réu anunciou que iria recorrer da decisão, porém ele foi encontrado morto por familiares. Ainda não há informações sobre as possíveis causas de seu falecimento.
Após o término da guerra, Josef Schütz foi detido e enviado para um campo de prisioneiros na então União Soviética. Ao ser solto, se estabeleceu em Brandemburgo, nos arredores de Berlim, e trabalhou como agricultor e, depois, como serralheiro.
Entre os anos de 1936, quando foi erguido, e 1945, quando foi tomado pelos soldados soviéticos, o Campo de Concentração de Sachsenhausen recebeu cerca de 200 mil pessoas, e dezenas de milhares morreram, principalmente vítimas de exaustão, fome e condições cruéis de trabalho forçado.
Os familiares de Josef Schütz e as autoridades alemãs não forneceram informações sobre o possível sepultamento e/ou cremação do ex-soldado nazista.
Com informações das Agências France Presse e Deutsche Welle