Enxaqueca: Sintomas são determinantes para a indicação do tratamento mais eficaz

Cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem de enxaqueca que pode ser tratada de forma preventiva

Maio é considerado o Mês Nacional de Combate à Cefaleia, doença essa que acomete cerca de 30 milhões de brasileiros e é considerada a segunda maior causa de incapacidade em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Foto: Divulgação

Há mais de 150 tipos de dores de cabeça, sendo a enxaqueca (migrânea) uma delas e a mais prevalente na sociedade mundial. Trata-se de uma doença neurovascular, causada por desequilíbrio químico no sistema nervoso central. Caracteriza-se como dor latejante em apenas um dos lados da cabeça, cuja frequência varia desde episódios bem espaçados a várias vezes ao mês, com crises que duram até 72 horas.

A enxaqueca possui quatro principais fases: pródromo (premonitória), aura, crise, pósdromo, respectivamente nessa ordem, mas nem sempre as pessoas passam por todas elas. A doença separa-se em dois subtipos: sem aura (75% dos casos) e com aura (25%). A enxaqueca sem aura é a dor unilateral, com intensidade moderada ou grave, podendo aumentar com atividade física de rotina. A aura é um aviso fisiológico, que inicia logo antes de um episódio de dor de cabeça e pode acometer a visão ou outros sentidos, de um lado do corpo, podendo levar a perda transitória da capacidade de enxergar metade do campo visual ou sensação de formigamento em um lado do corpo. Junto com a dor, o indivíduo sente náuseas, fotofobia (intolerância à luz), desconforto a sons e odores fortes, além de ter transtornos gástricos.

Médica neurologista e professora do Curso de Medicina da Uniderp, Aline Marques destaca que há tratamentos preventivos que podem evitar o avanço da dor para um quadro crônico. “Mesmo sofrendo com a dor, algumas pessoas acreditam que seja normal, mas não é. O acompanhamento feito por um especialista pode dar qualidade de vida ao paciente, impedido muitas vezes de realizar atividades simples em companhia da família e amigos”, aponta.

A especialista menciona que o tratamento inclui medicamentos tais como comprimidos e toxina botulínica, por exemplo, indicados para diminuir a frequência, a intensidade e a duração das crises. Mas, alerta que o uso indiscriminado de remédios sem orientação médica a longo prazo, pode ocasionar piora dos episódios de enxaqueca.

Como identificar o tipo de dor por meio dos sintomas?

  • Cefaleia tensional: Pode aparecer de forma episódica ou crônica e tem entre as principais características a sensação de dor em aperto ou pressão nos dois lados da cabeça. Causa uma rigidez nos músculos do pescoço, provocando desconforto e afetando ainda as costas.
  • Enxaqueca: Intensa, acompanhada de náuseas, vômitos, sensibilidade excessiva à luz, ao som ou ao movimento. Sem tratamento, as crises podem durar de 2 a 4 dias;
  • Sinusite: Dor nos seios da face, além da cabeça, parecida com a sensação de pressão no rosto, acompanhada de sintomas de congestão nasal, saída de secreção e tosse;
  • Intolerância alimentar: Presença forte de gases, muito desconforto, diarreia, dor de cabeça, inchaço abdominal e secreção nasal.

Embora o aspecto emocional esteja muito ligado ao surgimento das dores, é válido ressaltar a importância da alimentação saudável e prática de exercícios físicos para combater os sintomas, sempre com orientação médica para que os efeitos não sejam contrários ao desejado.

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