Dirigente italiano renuncia após celebração a criminoso nazista

Marcello de Angelis se disse vítima de campanha de difamação

O chefe de comunicação institucional da região do Lazio, Marcello De Angelis, renunciou ao cargo após semanas de polêmicas relacionadas a posições de extrema-direita.

Partido Democrático já havia protestado por demissão de De Angelis (Foto: Ansa)

O governador da região, Francesco Rocca, agradeceu ao dirigente “por ter protegido a instituição que presido das inaceitáveis explorações destas semanas”.

No início de agosto, Marcello De Angelis acabou nas manchetes por causa de um post nas redes sociais em que defendeu a inocência dos autores do Massacre de Bolonha, atentado terrorista neofascista ocorrido em 1980.

Poucos dias depois, repercutiram letras da banda de rock 270Bis, cujo repertório incluía trechos classificados como antissemitas.

Ele ainda foi acusado de celebrar o criminoso nazista Heinrich Himmler, que chefiava a polícia de elite SS, por outra publicação feita com uma foto de um Julleuchter, artigo símbolo do paganismo que foi apropriado pelo nazismo.

Em sua carta de demissão, De Angelis falou em uma “monstruosa máquina de lama que pode esmagar qualquer um e me colocou na mira, me colocando no pelourinho, revirando a minha vida”.

Sobre o post de Bolonha, pediu desculpas pelos modos, mas reivindicou “o direito à dúvida e ao dissenso”.

Ele também se desculpou pelas músicas: “Me sinto vergonhosamente responsável por ter composto uma letra que considero uma mensagem insensata de ódio, 45 anos atrás”.

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