Cristo Redentor no Rio de Janeiro é iluminado pela cor lilás

Cristo Redentor é iluminado pela cor lilás enquanto projeto de lei aguarda aprovação do Congresso para instituir o Dia Nacional da Dermatite Atópica no Brasil

Foto: Divulgação

São Paulo (SP) – Hoje, 23 de setembro, os principais atores relacionados à dermatite atópica no Brasil — representantes da sociedade civil, pacientes, médicos e representantes da indústria farmacêutica — se reunirão em evento que iluminará o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, de lilás. O evento acontece enquanto o projeto de lei 1.263/2022, que já contou com uma audiência pública em 9 de maio com a presença de pacientes, médicos e parlamentares defensores da causa, aguarda uma decisão da CSSF para oficializar o dia 23 de setembro como Dia Nacional da Conscientização sobre Dermatite Atópica e a cor lilás como seu símbolo, com objetivo de dar luz à importância do combate a essa patologia, dando visibilidade aos tratamentos e consequências, como forma de se criarem políticas públicas para pessoas que convivem com a DA.

Datas como essa são de extrema importância para alertar a população sobre a existência de uma determinada doença, incentivar o diagnóstico precoce e ampliar a voz dos pacientes e familiares que, juntos, enfrentam uma jornada tão desafiadora”, explica Bruna Rocha, gerente geral da associação de pacientes Crônicos do Dia a Dia (CDD), uma das entidades que lidera o movimento de criação da data junto ao Governo. Com foco na jornada dos pacientes, nesse mesmo dia, a Sanofi reunirá cerca de 300 médicos especialistas na cidade, para discutir os desafios que os pacientes que vivem com dermatite atópica enfrentam, identificar eventuais oportunidades de melhoria e sensibilizá-los sobre a necessidade de estarem cada vez mais preparados para tratar uma patologia que vem aumentando ao longo dos anos no Brasil.

A DA é uma doença de pele inflamatória, crônica e recorrente, com sintomas como prurido e pele vermelha, que causa muita coceira e ocorre frequentemente em famílias com outras doenças atópicas, como asma e rinossinusite — conhecida como tríade atópica. Todas têm a sua origem em comum: são causadas por uma resposta exagerada do sistema imunológico, conhecida como Inflamação Tipo 2, ligada a diferentes doenças atópicas, alérgicas e inflamatórias. “A dermatite atópica está presente na vida de uma considerável parcela da população. De acordo com a pesquisa realizada para o Observatório da Dermatite Atópica na CDD, 38% dos entrevistados tiveram sintomas na juventude, 36% na infância e 17% até o primeiro ano de vida”, esclarece Rocha.

Os estudos mostram que a doença gera absenteísmo e que muitos adolescentes entre 14 e 17 anos perdem, em média, 26 dias escolares por conta da DA. As pessoas com dermatite atópica precisam lidar com uma série de sintomas, como lesões na pele, coceira, sensibilidade, rachaduras e vermelhidão, que podem interferir na autoestima e no convívio social, levando ao isolamento, ao bullying e à depressão.

A doença não é contagiosa e apresenta graus que variam entre leve, moderado e grave. Os casos moderados e graves causam um maior impacto físico e emocional na vida das pessoas. Apesar de ser uma doença crônica, existem formas de controlar a doença – é importante que o paciente faça acompanhamento com um especialista dermatologista ou imunologista para que possam encontrar o melhor tratamento de longo prazo, que seja seguro e possa controlar seus sintomas, melhorando a qualidade de vida.

Os cuidados gerais para casos de dermatite atópica incluem a manutenção da hidratação da pele, bem como a prevenção de alérgenos que possam atuar como gatilho para uma crise, por exemplo. O tratamento deve ser definido pelo médico, que pode recomendar o uso de tratamentos medicamentosos específicos como corticoides, imunossupressores ou medicamentos biológicos. É essencial seguir rigorosamente as orientações e jamais se automedicar.

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