Cresce 6,6% o número de novos consumidores no mercado livre de energia brasileiro

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A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou que o mercado livre de energia atingiu a marca dos 10.585 consumidores em agosto, registrando crescimento de 6,6% na comparação com dezembro de 2021.

Na avaliação da CCEE, a expansão está atrelada a três grandes fatores: maior viabilidade financeira, previsibilidade orçamentária, com contratação sob demanda, e a possibilidade de opção por um fornecimento de fontes renováveis.

André Cavalcanti, CEO da Elétron Energy, afirma que este é um caminho que não tem volta: “O consumidor quer a mesma liberdade que as grandes empresas já desfrutam, escolhendo de quem comprar energia e de que matriz energética ela sai. Consciência ambiental e o hábito que o ambiente de liberdade que a abertura econômica proporcionaram têm feito o consumidor brasileiro ansiar por este modelo”.

O segmento permite negociar contratos diretamente com fornecedores do insumo e já corresponde a mais de 35% do consumo total de eletricidade do país. Segundo a CCEE, a categoria Livre, que agrupa consumidores com carga maior que 1 MW e que podem negociar energia gerada por qualquer tipo de fonte, cresceu 14,7% no ano. Já a faixa especial, formada por agentes com demanda contratada entre 500 KW e 1 MW e que têm o direito de adquirir energia de fontes incentivadas, como eólica, solar, biomassa e de Pequenas Centrais Hidrelétricas, avançou 5,5%.

O assunto também estimula debates como o da geração remota, que já é uma realidade. No modelo, a empresa fornecedora “injeta” na rede a energia solar gerada e os créditos são abatidos da conta do consumidor, que fica livre da bandeira tarifária. Esse benefício é estabelecido pela Aneel para estimular a produção de energia limpa próximo aos locais de consumo. O modelo de geração de energia distribuída já corresponde a cerca de 4% de toda a matriz energética brasileira e deve avançar ano após ano.

Nos últimos meses, o Ministério de Minas e Energia realizou uma Consulta Pública para tratar da abertura do mercado livre para todos os consumidores que são atendidos em alta tensão. A proposta da entidade, que prevê a liberalização para essa faixa a partir de 2024, contou com a colaboração técnica da CCEE, para que o processo ocorra de forma contínua, sustentável e previsível.

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