Corte Internacional pede a liberação de todos os reféns israelenses e não ordena cessar-fogo

Decisão preliminar estipula que Israel preste assistência humanitária e previna a incitação à violência contra os palestinos

Ontem (26), a Corte Internacional de Justiça (CIJ) emitiu uma decisão preliminar em relação à acusação feita pela África do Sul de que Israel estaria cometendo genocídio contra a população palestina. A Corte não ordenou um cessar-fogo e apenas determinou que Israel deveria tomar todas as medidas cabíveis para “prevenir um genocídio” na Faixa de Gaza.

Juízes da Corte Internacional de Justiça saindo da sessão de 26 de Janeiro, onde pediram a libertação imediata e incondicional dos reféns que seguem mantidos em cativeiro em Gaza. (Screenshot/Youtube)

Na sua decisão, a CIJ também apelou à libertação imediata e incondicional dos restantes 136 reféns detidos pelo Hamas desde 7 de Outubro. “O Hamas disse que iria cumprir a decisão do tribunal, então, agora tem que libertar os reféns imediatamente”, aponta André Lajst, presidente-executivo da StandWithUs Brasil.

Além disso, a Corte estabeleceu que Israel deve tomar medidas imediatas e eficazes para aumentar a assistência humanitária na Faixa de Gaza e a prestação de serviços básicos, além de prevenir e punir a incitação à violência e ao genocídio dos palestinos em falas de políticos israelenses. Dentro de um mês, Israel precisará apresentar um relatório ao tribunal sobre o que está fazendo para cumprir a determinação.

Lajst, cientista político especialista em Oriente Médio, considera positivo que o CIJ tenha determinado a libertação dos reféns e rejeitado a exigência do governo sul-africano de ordenar um cessar-fogo, o que acabaria mantendo o Hamas no governo de Gaza. “No entanto, existe a preocupante possibilidade do Hamas não cumprir sua promessa e não libertar de fato os reféns. Além disso, é decepcionante a decisão da corte em aceitar outras partes desta acusação pífia e completamente falsa, cujas evidências, apresentadas pela África do Sul, foram descontextualizadas e distorcidas, usadas para difamar Israel e minar seu direito de defesa contra o Hamas. Israel está agindo de acordo com o direito internacional, pois está travando uma guerra de autodefesa contra o Hamas, um grupo terrorista antissemita com objetivos explicitamente genocidas”, aponta o especialista.

“Podemos ter solidariedade aos palestinos e aos israelenses sem acusações falsas. Israel está lutando para se defender de um grupo terrorista que mantém seus civis reféns, assim como qualquer outro país que tivesse sofrido uma tragédia dessa magnitude faria, e não está eliminando deliberadamente a população civil palestina, a qual é usada como escudo humano pelo Hamas”, conclui Lajst.

Confira a nota na íntegra sobre o caso, publicada pela StandWithUs:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Topo