Cientistas italianos investigam mistério sobre buracos negros

Estudiosos buscam anel de junção ausente das estruturas

Está aberta a caça ao misterioso anel de junção ausente dos buracos negros, aquele que deveria ocupar uma posição intermediária entre os menores, formados pelo colapso de uma estrela, e os gigantes supermassivos que povoam os centros das galáxias.

Exposição em maio ofereceu imersão em buracos negros na Itália (Foto: Ansa)

Um avanço na resolução desse mistério foi feito por um estudo internacional liderado por Manuel Arca Sedda, do centro italiano Gran Sasso Science Institute, com a participação da Universidade de Pádua, que foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

A pesquisa lança nova luz sobre os mecanismos que podem levar à formação desses buracos negros, para os quais ainda falta uma prova de sua existência, e indica em quais cantos do universo procurar por uma resposta.

Embora todos tenham uma densidade tão alta que nem a luz pode escapar de sua atração gravitacional, os buracos negros não são todos iguais: os menores se formam quando uma estrela de massa suficientemente grande, pelo menos vinte vezes mais massiva que o Sol, esgota seu combustível e entra em colapso sobre si mesma, enquanto no extremo oposto estão os imensos buracos negros supermassivos, com massas milhões ou bilhões de vezes maiores que a nossa estrela.

A formação desses últimos ainda é um enigma, principalmente devido ao “vazio” deixado pelos buracos negros intermediários.

Os pesquisadores liderados por Arca Sedda decidiram preencher esse vazio. “Realizamos novos modelos de computador capazes de simular a formação desses misteriosos objetos e descobrimos que podem se formar por meio de uma combinação de três fatores: fusões entre estrelas muito maiores que o nosso Sol, o acúmulo de material em buracos negros estelares e, por fim, a fusão entre buracos negros estelares”, explicou o pesquisador.

Segundo os autores do estudo, após o nascimento, os buracos negros intermediários são lançados para longe de seus próprios aglomerados, o que impede seu crescimento adicional.

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