Bisturi não é varinha mágica: Veja tudo o que precisa saber antes de agendar uma cirurgia plástica

Cirurgião e advogada alertam os perigos de procedimentos clandestinos

É preciso se atentar e se conscientizar de que a cirurgia plástica é um tratamento médico e não pode ser realizada por influência da moda e a busca pela aparência “perfeita”.

É impressionante quantas pessoas procuram as clínicas com uma proposta além do que a própria autonomia do corpo permite e se frustram. Nem tudo o que está na cabeça do paciente é possível realizar, a cirurgia plástica não é como ir comprar uma roupa, é preciso haver uma avaliação profissional de um médico capacitado.

Foto: Divulgação

O Brasil possui respeitabilidade internacional no quesito cirurgia plástica. É um país com grande tradição em procedimentos estéticos, mas a busca pela aparência perfeita pode levar algumas pessoas a se arriscarem em procedimentos ilegais e perigosos.

O cirurgião plástico da Clínica Libria, Dr. Sabath, destaca que um dos principais riscos de se submeter a procedimentos estéticos em clínicas clandestinas é a falta de garantias de segurança. Essas clínicas muitas vezes não possuem equipamentos de segurança adequados, como sistemas de monitorização cardíaca, e podem utilizar materiais de qualidade duvidosa em vez de produtos aprovados pelos órgãos reguladores. Isso pode resultar em complicações graves, como infecções, necrose tecidual e até mesmo a morte.

Para ajudar a evitar esses riscos, aqui estão algumas dicas importantes da advogada especialista em direito médico, Dra. Beatriz Guedes, para quem está pensando em realizar um procedimento estético:

  1. Pesquise a clínica e o profissional: antes de realizar qualquer procedimento estético, é importante verificar se a clínica e o profissional são devidamente registrados nos órgãos reguladores e se possuem a qualificação necessária para realizar o procedimento com segurança. Verifique também as opiniões de outros pacientes que já realizaram procedimentos na clínica e com o profissional.
  2. Converse com o médico: é fundamental conversar com o médico antes do procedimento e tirar todas as dúvidas sobre o procedimento em questão, bem como suas expectativas e desejos em relação ao resultado final.
  3. Confirme os equipamentos de segurança: antes de realizar o procedimento, verifique se a clínica possui os equipamentos de segurança adequados para realizar o procedimento com segurança.
  4. Entenda os riscos e benefícios: é importante compreender que todo procedimento estético possui riscos e benefícios, e que eles devem ser avaliados cuidadosamente antes de tomar uma decisão. Não se deixe levar por modismos ou expectativas irreais.
  5. Fique atento aos preços: desconfie de preços muito baixos, pois isso pode ser um sinal de que a clínica ou o profissional não possuem a qualificação necessária ou estão utilizando materiais de baixa qualidade.
  6. Avalie o pós procedimento: é importante avaliar o pós procedimento e seguir todas as orientações médicas para garantir uma recuperação segura e eficaz.

Outra questão importante é a escolha dos materiais utilizados no procedimento. Desde a escolha dos implantes de silicone até os produtos utilizados para preencher as rugas, é fundamental que o paciente verifique a procedência dos materiais e se eles são aprovados pelos órgãos reguladores, como a ANVISA, ou se são indicados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Além disso, o cirurgião da Clínica Libria ressalta que é importante lembrar, que a cirurgia plástica não é uma solução mágica para todos os problemas estéticos. É necessário que o paciente esteja com a saúde em dia e tenha expectativas realistas em relação aos resultados. A cirurgia plástica pode ajudar a melhorar a aparência física, mas não pode resolver problemas emocionais ou psicológicos.

Lembre-se sempre que a cirurgia plástica é um tratamento médico e deve ser realizada com segurança e responsabilidade. Procure sempre um profissional qualificado e de confiança para realizar o procedimento estético que você deseja. Não se arrisque em clínicas clandestinas e ilegais, pois isso pode colocar não apenas a sua saúde em risco, mas sim, sua vida”, finaliza a Dra. Beatriz Guedes.

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