Um dos maiores confinamentos do País, com 220 mil cabeças terminadas em 2022, realiza circuito de eventos no estado do Mato Grosso

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Os pecuaristas comemoram a queda do embargo chinês às exportações brasileiras de carne bovina, que encerraram 2022 com um faturamento de US$ 13 bilhões. E boas notícias não param de chegar, com a abertura de novos mercados na Ásia e América do Norte. Indonésia já anunciou a compra de 100 mil toneladas e o México incluiu o Brasil entre os países habilitados para suprir outra cota de 180 mil toneladas, segundo informações de Hyberville Neto, analista de mercado da consultoria HN Agro.

Dentro do Brasil, o panorama também é positivo. A USDA, sigla em inglês do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, estima um aumento de 1,5% no consumo doméstico de carne bovina, devendo elevar uma demanda até então estagnada. “Mesmo que o preço não caia de forma significativa no varejo, aguardamos um aumento tanto no consumo per capita quanto no volume total, pela oferta maior de gado”, prevê o analista.

Pecuarista deve se preparar

Apesar do momento de baixa do ciclo pecuário e a proximidade de oferta de safra característica dos meses de maio e junho, esta é uma excelente oportunidade para o produtor montar uma “poupança de arrobas” na fazenda. “Aumentar o estoque de arrobas jovens (bezerros), que demandam menor custo de manutenção e também favorecidos pela melhor relação de troca dos últimos 38 meses, ajudará a rentabilizar a operação no médio prazo”, avalia Hyberville Neto.

Outro fator importante é a manutenção da taxa Selic em 13% pelo Banco Central. “O pecuarista que conseguiu antecipar caixa pode investir esse dinheiro em um CDB ou qualquer outra renda fixa para obter um rendimento próximo de 1% ao mês”, sugere. Mas para aproveitar tais oportunidades, investir em tecnologia é indispensável. De acordo com o analista, o confinamento agrega inúmeras vantagens, entre as quais destaca que o sistema permite acelerar o ciclo produtivo e liberar a pastagem no período mais crítico ao pecuarista: a seca. “Quem não intensificar tende a trabalhar com margens apertadas, ficando mais suscetível a qualquer solavanco do mercado e aumentando as chances de abandonar a atividade”, adverte o analista da HN Agro.

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O especialista é um dos convidados da MFG Agropecuária, que encerrou 2022 com 220 mil cabeças confinadas, para um circuito de eventos no mês de Maio, em Mato Grosso, nas cidades de Juína (03/05 – terça-feira), Sinop (04/05 – quinta-feira); Cuiabá (15/05 – segunda-feira), Cáceres (16/05 – terça-feira), Tangará da Serra (22/05 – segunda-feira), Rondonópolis (24/05 – quarta-feira) e Primavera do Leste (26/05 – sexta-feira). A empresa também estará presente na Confinar, em Campo Grande, nos dias 9 e 10/05, e volta para a capital mato-grossense para a Acricorte, em 18 e 19/05.

Parcerias de engorda

Mesmo quem produz 100% a pasto pode aumentar a eficiência produtiva do rebanho sem necessitar de grandes estruturas de confinamento. Para acelerar a terminação dos animais, encurtar o ciclo produtivo e melhorar a qualidade de carcaça, permitindo acesso a bonificações dos frigoríficos, existem as parcerias de engorda. Esse será o tema de Vanderlei Finger, gerente geral de Compra de Gado da MFG, no circuito.

Finger destaca dois modelos de parcerias: em um, os criadores de gado contratam o serviço por 110 dias, a um custo fixo diário. No outro, podem pagar por arrobas produzidas, calculadas a partir do peso de entrada e saída do bovino no confinamento. “Nós propomos ser uma extensão da fazenda dos nossos parceiros”, resume o gerente. Ao terceirizar o serviço, os pecuaristas ficam imunes às oscilações de preço constantes da dieta e garantem um alimento de excelente qualidade para engorda dos animais.

Para falar um pouco sobre os índices zootécnicos e da tendência apresentada pelo especialista da HN Agro, o gerente técnico da MFG, André Campanini, fará a palestra “Inovação e Tecnologia: Impacto nos resultados produtivos”. Vagner Lopes, gerente corporativo de Confinamento Sênior da MFG fará abertura das discussões apresentando os diferenciais do grupo. Com oito unidades espalhadas por cinco estados, a MFG Agropecuária projeta encerrar o ano com 270 mil cabeças confinadas.

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