Colisão entre 2 trens deixa mortos e feridos no Leste da Grécia

A colisão provocou o descarrilamento de vários vagões, que pegaram fogo e explodiram. As causas do acidente ainda serão investigadas.

Dois trens colidiram na madrugada desta quarta-feira (1º) no Leste da Grécia, provocando a morte de pelo menos 36 pessoas. – Foto: Alexander Avramidis/Reuters

Dois trens descarrilaram na madrugada desta quarta-feira (1º de março), próximo a cidade de Larissa, no Leste da Grécia, após uma colisão entre as duas composições férreas. Ao todo, 36 pessoas morreram e outras 85 ficaram feridas. As causas do acidente ainda serão investigadas.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, o acidente aconteceu por volta das 02h45min (horário de Brasília) e envolveu dois trens, um de passageiro com 350 pessoas a bordo, e um de carga, com quatro pessoas.

O trem de passageiros seguia de Atenas para Tessalônica, quando colidiu com o trem de carga, que vinha em sentido contrário na mesma linha férrea. A colisão fez com que vários vagões, das duas composições, descarrilassem.

As autoridades gregas classificaram o acidente como uma tragédia sem precedente na história do país.

Equipes de emergência foram acionadas e enviadas para o local, que foi isolado. Militares do Exército também foram mobilizados para ajudar no socorro às vítimas.

O número oficial de vítima ainda é incerto, porque existem muitas pessoas presas as ferragens. Os bombeiros e as equipes de resgate estão trabalhando para tentar retirar os sobreviventes das ferragens dos dois trens.

Equipes de resgate trabalharam durante toda a madrugada para socorrer as vítimas da colisão entre dois trens nesta quarta-feira (1º) na Grécia – Foto: AFP

O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Larissa, Vassilis Vathrakogiannis, disse em entrevista coletiva que o número oficial de vítimas somente será divulgado no fim da tarde de hoje (1º) ou na manhã de quinta-feira (02).

Ainda de acordo com Vassilis Vathrakogiannis, não há prazo definido para encerrar os trabalhos para resgatar passageiros que ainda estão presos as ferragens e sob os vagões.

Das 85 vítimas feridas, seis estão internadas na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital próximo ao local da tragédia.

Já o ministro de Saúde da Grécia, Thanos Plevris, disse em entrevista coletiva que a maioria dos passageiros é formada por estudantes que retornavam de Tessalônica após um fim de semana prolongado.

O Governo da Grécia decretou luto nacional por três dias em homenagem às vítimas. Já o governador da região, Kostas Agorastros, afirmou que o número de vítimas deve aumentar nas próximas horas.

infelizmente, o número de feridos e mortos corre o risco de aumentar“, afirmou Kostas Agorastros.

As possíveis causas do acidente ferroviário ainda são oficialmente desconhecidas, mas já estão sendo investigadas.

A colisão entre os dois trens destruiu vários vagões e bloquearam a via férrea. Não há previsão para o término dos trabalhos e para a liberação da linha. – Foto: Giannis Floulis/Reuters

A imprensa grega afirmou que a tragédia está sendo considerada por muitos como sendo o pior acidente ferroviário da história do país, e que a violência do choque foi tão intensa que as duas locomotivas e os vagões dianteiros foram praticamente pulverizados.

O choque entre os dois trens causou uma explosão e um incêndio. Vagões ficaram carbonizados e muitos corpos ficaram em pedaços.

Cerca de 150 bombeiros, 40 ambulâncias, 25 policiais e 160 militares do Exército foram mobilizados para atender o acidente. O resgate ainda conta com o apoio de vários mecânicos, dois helicópteros e dois guindastes.

Moradores próximos do local do acidente relataram que a explosão provocou um pequeno abalo sísmico na região, mas que o mesmo não causou danos.

Um passageiro de 22 anos, que foi resgatado com vida, declarou que a colisão entre os dois trens foi muito forte, como se um terremoto tivesse atingindo o local.

“Sentimos a colisão como um grande terremoto. Foi um pesadelo“, disse o jovem de 22 anos à Agência France-Presse.

Com informações das Agências France Presse, Ansa e Reuters

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