Programa de Melhoramento Genético diminui taxa de descarte de animais

Mesmo com clima seco e quente da região, pecuaristas produzem animais com adaptabilidade e genética diferenciada.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Ao aderir ao Programa de Melhoramento Genético Geneplus Embrapa, o pecuarista Caio Marcondes, da Fazenda Santa Helena, em Britânia (GO), pretendia adaptar o rebanho da propriedade ao perfil econômico, para que atendesse aos padrões exigidos pela indústria frigorífica e diminuir sua taxa de decarte que era de 55%. Nesta quinta-feira (14), durante o terceiro dia de Circuito Geneplus Embrapa, realizado neste ano, em cidades do interior de Goiás, ele apresentou os primeiros resultados obtidos em parceria com o projeto, que sobressaiu às expectativas, e diminuiu a taxa de descarte em 10%.

“O Caio queria melhorar características como a ossatura, aumentar o aproveitamento do rebanho e dos touros, que está entre os principais objetivos do projeto da fazenda”, destaca o zootecnista e técnico do Geneplus, Bráulio Pinto, que acompanha de perto a evolução dos animais há cerca de um ano.

Para o pecuarista, nesta ‘primeira safra’ do Geneplus já é perceptível uma evolução considerável do rebanho. “Vemos que mesmo com o clima seco e quente da região, o gado está hoje melhor conformado, precoce e funcional”, salienta o criador, que destaca a necessidade de adaptação para atender o mercado. “Ainda estamos em busca de um padrão ideal”, conta Marcondes.

Adaptabilidade e genética diferenciada 

Nos últimos três anos, a região de Itapirapuã, tem registrado clima seco e quente em boa parte do ano, com índices de chuvas de 740 milímetros. O proprietário da Fazenda Sucuri, Humberto Tavares, consegue superar as expectativas ao produzir touros funcionais mesmo com a adversidade. Os animais são opção de pedigree para criadores interessados em genética diferenciada e beleza racial.

A visão vanguardista do criador fez com que buscasse ferramentas para aplicar o melhoramento genético na propriedade. “Nós iniciamos o melhoramento genético em 1986. Nosso objetivo era entregar touros perfeitos, só que com uma genética diferente”, conta, ao explicar o porquê da aposta antecipada no melhoramento: “focamos bastante no uso de touros provados, já consolidados, por isso adquirimos animais com essa característica para oferecer opções com pedigree”, explica Tavares.

Segundo o pecuarista, que também é engenheiro, o investimento em genética provada surgiu por meio do interesse em alinhar o uso de tecnologia para atingir quatro metas na pecuária de corte. “Nós buscamos adequação funcional, alto desempenho dos touros provados, pedigree e fenótipo de carcaça e é aí que entra o trabalho do Geneplus. Hoje a produção da Sucuri compete diretamente com as melhores fontes de genética do País”, destaca Tavares.

O Circuito Geneplus Embrapa, que chega à quarta edição em 2016, finaliza o trajeto de cerca de mil quilômetros pelo interior de Goiás nesta sexta-feira (15), na Fazenda Barreiro Grande, no município de Nova Crixás.

O Programa Geneplus Embrapa

O Programa Geneplus é um serviço especializado de melhoramento genético animal colocado à disposição do criador (selecionador), de forma a subsidiá-lo na utilização dos recursos genéticos para a produção de genética superior. Desta forma, o objetivo da tecnologia é auxiliar o criador de gado de corte em suas tomadas de decisão na execução da seleção, na elaboração de planos de acasalamento e no suporte de atividades de comercialização. Para isto, disponibiliza as avaliações genéticas de reprodutores, matrizes e produtos.

Assim, cada criador (selecionador) pode ter um programa próprio de melhoramento genético. A proposta da Tecnologia é assessorá-lo para que sejam alcançadas metas de qualidade de produto e produtividade, com a geração e criação de animais equilibrados e harmoniosos, de acordo com as características do sistema de produção e exigências do mercado.

O Programa Geneplus atende atualmente associações e criadores das raças zebuínas (nelore e sua variedade mocha, guzerá e brahman), taurinas (caracu, hereford, limousin e senepol) e compostas (brangus, braford, canchim e santa gertrudis) em vários estados brasileiros, na Bolívia e no Paraguai.

Fonte: Rica comunicação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Topo