Professor Rinaldo destaca crise humanitária e prega solidariedade

Deputado Rinaldo Modesto - Foto: Ely Silveira

Deputado Rinaldo Modesto – Foto: Ely Silveira

O líder do Governo, deputado Professor Rinaldo (PSDB), abordou durante a sessão plenária desta terça-feira (8/9), o drama vivido pelos refugiados que fogem dos conflitos e da fome em países do Oriente Médio e da África, além do Haiti. Professor Rinaldo (PSDB), afirmou que “neste mundo materialista e globalizado em que estamos vivendo, as imagens aterrorizantes, que muitas vezes são potencializadas pela mídia, acabem caindo na mesmice, no comum e perdendo importância para nós, mas não podemos nos acomodar, esses assuntos merecem nossa reflexão. Neste momento estamos com nossos corações dilacerados com esta situação”.

O parlamentar destacou o caso do garoto sírio Aylan Kurdi (3 anos), que se afogou ao tentar fazer a travessia por mar para a Turquia com a família. Professor Rinaldo fez um apelo à ONU para que tome providências para acabar com o conflito na Síria. “Qual a culpa deste menino? Cabe a cada um de nós (deputados) solicitar ao Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) que atue junto à Organização das Nações Unidas (ONU) para enfrentarmos esta que é a maior atrocidade vivida pela humanidade neste período pós-segunda guerra”, analisou Rinaldo.

O deputado José Carlos Barbosinha (PSB) parafraseou o poeta polonês ganhador do Prêmio Nobel de Literatura Czeslaw Milosz e disse que “tanto o bem quanto o mal vem do homem” e lembrou que muitos refugiados fogem da miséria e da violência em países africanos, como Somália, Eritréia e Nigéria. A deputada Antonieta Amorim (PMDB) destacou que o problema também atingiu o Brasil com a chegada de milhares de haitianos que fugiram após os terremotos que arrasaram o país cinco anos atrás. Tanto Barbosinha quanto Antonieta, destacaram que nenhum cidadão deve ficar alheio à comovente situação dos refugiados.

Já o deputado Amarildo Cruz (PT) lembrou que o Brasil é um país constituído por migrantes e que a maior parcela é formada por afro-brasileiros. O parlamentar também elogiou a postura do Papa Francisco que, neste final de semana, pediu que a Igreja Católica na Europa tenha solidariedade e receba os refugiados.

Para finalizar, o deputado professor Rinaldo se disse chocado e sensibilizado com a situação e pediu mais solidariedade das pessoas, “de retórica o mundo está cheio! O grande mestre (Jesus) dizia que as pessoas andavam como ovelhas desgarradas e Ele teve compaixão delas, assim nós como seus seguidores, também devemos ter”.

Crise – Segundo dados do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), órgão ligado ao Ministério da Justiça, 2.077 sírios receberam asilo do governo brasileiro de 2011 até agosto deste ano. Trata-se da nacionalidade com mais refugiados reconhecidos no Brasil, à frente da angolana e da congolesa.

O número é superior ao dos Estados Unidos (1.243) e ao de países no sul da Europa que recebem grandes quantidades de imigrantes ilegais ─ não apenas sírios, mas também de todo o Oriente Médio e da África ─ que atravessaram o Mediterrâneo em busca de refúgio, como Grécia (1.275), Espanha (1.335), Itália (1.005) e Portugal (15). Os dados da Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia, referem-se ao total de sírios que receberam asilo, e não aos que solicitaram refúgio.

Vale lembrar ainda que o Brasil já recebeu cerca de 56 mil haitianos de 2010 para cá, mas não há um número oficial, pois o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), organização da ONU que cuida de assuntos para refugiados em todo o mundo, não reconhece os haitianos como refugiados de fato e direito, sendo chamados de Refugiados Ambientais, ou seja, são pessoas que não vieram de regiões em estado de Guerra, mas sim pessoas que vieram de regiões com catástrofes ambientais, não recebendo o direito e ajuda financeira que os refugiados de guerra recebem da ONU.

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