Participação do cliente torna desenvolvimento de softwares mais humano e colaborativo

A interação entre o time de desenvolvimento e a equipe do cliente resulta em soluções muito mais assertivas, com ‘usabilidade’ simples e pensada exatamente para o usuário final.

Um dos benefícios que a tecnologia está proporcionando cada vez mais aos ambientes de trabalho é a personalização das soluções em softwares de acordo com as necessidades mais específicas de grupos de usuários. A chamada ‘customização’ é fruto de uma crescente preocupação com quem usa os sistemas informatizados, colocando as pessoas em primeiro plano. Esse cenário relativamente novo resulta na simplificação da ‘usabilidade’ dos programas e aplicativos e, por fim, em processos organizacionais mais simples.

Para o Desenvolvedor Stéfano dos Santos, líder de equipe na DígithoBrasil, empresa de desenvolvimento de softwares de Campo Grande, trata-se de uma nova onda da evolução tecnológica, em que as pessoas são mais relevantes do que a tecnologia em si. “O desenvolvimento de softwares foi se transformando de algo estritamente técnico para soluções que realmente resolvem os problemas do dia a dia das pessoas”, afirma, acrescentando que, gradativamente, as soluções passam a ser oferecidas como serviços e não mais como produtos padronizados.

Para que isso seja possível, outra mudança vem ocorrendo nos processos de construção de soluções tecnológicas: a participação do cliente em todas as etapas do desenvolvimento, como análise de requisitos, layout, programação propriamente dita e testes, entre outras, não apenas na entrega do sistema. Essa interação ocorre em encontros periódicos entre o time de desenvolvimento e a equipe do cliente, nos quais todos os envolvidos são ouvidos e as expectativas são alinhadas.

Embora possa parecer óbvio, o desenvolvimento de softwares não costuma contar com a participação do cliente, sendo ele tradicionalmente apenas o demandante e o pagador. Nesse novo modelo, ocorre a atualização da figura do cliente e também da empresa de desenvolvimento, que é benéfica para os dois lados. “A participação do cliente provoca um sentimento de coletividade, colaboração e responsabilidade compartilhada. Ou seja, ele pode checar, sentir e perceber o resultado dessa interação a cada entrega”, afirma Stéfano.

De acordo com a Analista de Negócios Caroline Wirtti Sanches, também da DígithoBrasil, o resultado dessa interação são sistemas criados com ‘usabilidade’ direcionada exatamente ao público usuário. “É importante que o cliente esteja sempre inteirado de todas as etapas e decisões do processo de desenvolvimento de uma solução, dividindo com o time os seus anseios e desejos. Isso possibilita que o produto final seja muito mais assertivo”, ressalta.

Mais que soluções tecnológicas adequadas às necessidades do cliente, a participação contínua deste proporciona maior facilidade de uso a quem de fato vai trabalhar com os programas, o usuário final. “Por esse motivo, entregar uma boa experiência de uso faz com que o usuário substitua os processos e controles manuais por uma solução que fará parte do seu dia a dia”, observa Caroline. “Para proporcionar transparência aos processos institucionais e corporativos, é fundamental que a tecnologia possa ser utilizada da forma mais simples e prática por todas as pessoas e não apenas por especialistas”, completa Stéfano.

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