Mundo supera 1,5ºC de aquecimento em um ano pela primeira vez

Recorde de calor ocorreu entre fevereiro de 23 e janeiro de 2024

O aquecimento global superou pela primeira vez o patamar de 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais ao longo de um ano inteiro, de acordo com o Serviço Copernicus de Mudanças Climáticas (C3S), programa de observação da Terra da União Europeia.

Vendedor de rua se protege do calor diante do Coliseu de Roma

Vendedor de rua se protege do calor diante do Coliseu de Roma (Foto: Ansa)

Entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024, a temperatura média global foi 1,52ºC maior que a cifra registrada na segunda metade do século 19, que serve como baliza para definir metas climáticas no planeta.

Além disso, janeiro bateu recorde de calor para o período, com temperatura média do ar em 13,14ºC, 0,70ºC sobre a média de 1991-2020, 0,12ºC acima da maior marca anterior, de 2020, e com 1,66ºC de aquecimento em relação à era pré-industrial. Esse foi o oitavo mês seguido de recorde de calor na Terra.

Limitar o aquecimento global neste século a 1,5ºC em relação ao período pré-industrial é a meta mais ambiciosa do Acordo de Paris, porém está cada vez mais longe de ser alcançada.

No entanto, são necessários pelo menos 20 anos acima desse patamar para sacramentar que o objetivo foi descumprido.

Se essa tendência se mantiver, a humanidade deve conviver nas próximas décadas com aumento constante do nível do mar, ameaçando áreas costeiras (que concentram a maior parte da população do planeta), com ondas de calor mais frequentes e com o crescente número de fenômenos extremos, como furacões e secas.

O aquecimento global é causado pelas emissões de gases do efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2) e metano, que continuam aumentando, apesar dos alertas de cientistas de que elas precisam iniciar imediatamente uma trajetória de queda para garantir o respeito da meta de 1,5º até o fim do século.

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