Mauricio Saito fala dos 5 anos do Código Florestal Brasileiro durante palestra em Campo Grande

Maurício Saito, presidente do Sistema Famasul – Foto: Divulgação

O desenvolvimento sustentável do Agro e o resultado ambiental obtido com o Código Florestal. Estes foram os principais pontos abordados durante o evento ‘Mato Grosso do Sul – caminho da Sustentabilidade’, realizado na última segunda-feira (05), no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, com a presença de lideranças rurais e políticas do setor.

O presidente do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Mauricio Saito, falou sobre o perfil do produtor rural, que produz de forma sustentável e eficiente. “O novo Código Florestal Brasileiro, vigente há cinco anos, permitiu que a sociedade em geral entendesse melhor o trabalho do setor primário”.

Saito acrescentou que um exemplo da sustentabilidade do setor é o homem pantaneiro. “Uma discussão técnica, baseada em ciência e tecnologia, mostra que o Pantanal é preservado, em sua vegetação nativa, em 86%”, reforçou o presidente da Federação, citando também: “Temos que respeitar as peculiaridades de cada região”.

O evento contou com a palestra do ex-ministro e ex-deputado federal, Aldo Rebelo, que falou sobre o meio rural. “A atividade agropecuária é muito importante para o Brasil, exportando e trazendo divisas para o território, proporcionando o equilíbrio de nossa Nação”, salientou.

De acordo com o palestrante, a agropecuária não permite imprevistos. “Não dá para começar uma atividade desta de um dia do outro. Tenho que confiar em quem compro comida. O Brasil e a Argentina conquistaram este patamar. Temos organização e profissionalismo na produção de alimentos, honramos nossos contratos com a Europa e EUA”.

O Governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, falou sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 05 de junho, da educação ambiental como processo permanente de aprendizagem e na iniciativa ‘Carne Carbono Neutro’. “A preocupação com o meio ambiente tem que ser de todos nós. É um engajamento de toda a sociedade. É possível para o nosso Estado termos o equilíbrio entre a emissão e absorção do CO2, diante de boas práticas agropecuárias.  A ONU estipulou 2017 como o ano do turismo ambiental”.

O secretário da Semagro, Jaime Verruck, reforçou a necessidade das ações políticas em relação à segurança ambiental. “Mato Grosso do Sul caminha muito bem nos trilhos da sustentabilidade. Temos a clareza de propostas ambientais muito bem definidas”.

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Junior Mochi, ressaltou o projeto de Lei que institui a Política Estadual de Educação Ambiental. Ele disse que um dos caminhos para um futuro sustentável está na educação, pela importância na formação dos cidadãos para uma reflexão crítica e uma ação social transformadora. “Acredito que o sucesso para a construção de uma sociedade mais consciente ao meio ambiente passa pelas salas de aulas”.

O Código

O Código Florestal Brasileiro é regulado pela Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, e encerra em seu conteúdo 12 anos de discussões no Congresso Nacional que, no entanto, não foram capazes de afastar as controvérsias e polêmicas em torno do tema. Estabelece as áreas de preservação (Reserva Legal) para proteger nascentes e cursos d’água e áreas remanescentes em percentuais diferentes dependendo da região e do bioma.

A principal ferramenta instituída pelo Código é o Cadastro Ambiental Rural (CAR), um registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem por finalidade integrar as informações ambientais. O prazo para que todos os imóveis estejam inscritos no CAR é 31 de dezembro; em Mato Grosso do Sul, conforme levantamento divulgado pelo Imasul em maio, mais de 55% das propriedades rurais já haviam ingressado com a documentação necessária para se inscrever no CAR.

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