Lula troca número 2 da Abin por caso de espionagem

PF convocou general Augusto Heleno para depor

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou o diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alessandro Moretti, em meio ao escândalo pela suposta rede de espionagem ilegal montada no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Presidente Lula durante evento em Brasília

Presidente Lula durante evento em Brasília (Foto: Ansa)

Em paralelo, a Polícia Federal (PF) convocou o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a depor sobre o caso.

O Diário Oficial da União (DOU) publicou a exoneração de Moretti na noite de terça-feira (30), bem como a nomeação de Marco Aurélio Cepik, atual chefe da Escola de Inteligência da Abin, como novo diretor-adjunto.

Além disso, Lula demitiu quatro chefes de departamentos internos da agência, que, segundo fontes do Planalto, estaria “contaminada” por bolsonaristas.

Em entrevista à radio CBN Recife na terça, o presidente já tinha dito que não havia “clima” para Moretti seguir na Abin devido às suas ligações com o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da agência de inteligência e pivô do escândalo de espionagem.

A PF informou que o agora ex-diretor-adjunto teria mantido reuniões com pessoas investigadas no caso da “Abin paralela”.

Esses encontros “prejudicaram” o trabalho dos investigadores, segundo a Polícia Federal, que intimou Augusto Heleno, ex-ministro do GSI, ao qual a agência de inteligência era subordinada no governo Bolsonaro, para depor na semana que vem.

Há suspeitas de que o militar, homem de confiança do ex-presidente, tinha conhecimento da rede de atividades ilegais na Abin.

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