Israel voltou a bombardear intensamente neste sábado (03) a Faixa de Gaza, atingindo um campo de refugiados palestinos e, consequentemente, causando a morte de centenas de civis, incluindo mulheres e crianças. A cidade bombardeada já se encontra em ruínas e falta comida, água potável e remédios.
Fumaça é vista saindo de prédios em Rafah, cidade ao Sul de Gaza, após ataque israelense ocorrido neste sábado (03) – Crédito: Said Khatib/AFP
A cidade bombardeada pelos israelenses é Rafah, localizada no Sul da Faixa de Gaza, e que se encontra totalmente em ruínas. Acredita-se que cerca de 1 milhão de civis palestinos estão na cidade e nos arredores.
Os esforços diplomáticos para conseguir estabelecer um cessar-fogo provisório avançou hoje, porém um integrante do Grupo Hamas no Líbano, Osama Hamdan, disse que a proposta que receberam carece de detalhes importantes e, obrigatoriamente, “terá que ser estudada”.
“Ainda não podemos falar em acordo. Nossa posição irá se basear no nosso desejo de pôr fim, o quanto antes, à agressão ao nosso povo“, afirmou Osama Hamdan.
Já o chefe da diplomacia dos Estados Unidos (EUA), Antony Blinken, disse que visitará o Oriente Médio nos próximos dias, com o objetivo de tentar uma trégua entre Israel e Hamas, sobretudo para permitir a retirada de civis de áreas em conflito, e para permitir a entrada de comboios com ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Antony Blinken visitará Israel, Cisjordânia, Arábia Saudita, Catar e Egito. Ele deverá exigir a libertação de reféns que estão com o Hamas, em troca de uma pausa humanitária.
O chefe do Ministério da saúde de Gaza informou que 100 civis palestinos morreram durante a noite, devido à falta de medicamentos, alimentos e água potável.
Segundo uma fonte palestina, 362 km² do território palestino já foi completamente devastado por quase quatro meses de guerra ininterrupta.
Já o Estado de Israel informou que seus soldados conseguiram matar dezenas de “terroristas” do Hamas no Norte e Centro de Gaza nas últimas 24 horas.
A Organização das Nações Unidas (ONU) relatou que mais de 1,3 milhão dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza, estão abrigados em Rafah, cidade que se encontra sitiada e cercada por soldados israelenses.
Esses civis palestinos estão vivendo em barracas e são ameaçados pela fome e por epidemias. O inverno na região deve começar nos próximos dias.
A cidade de Rafah fica localizada na fronteira com o Egito e tem sido alvo de constantes bombardeios aéreos e ataques por terra. A fronteira encontra-se fechada.
Os bombardeios aéreos e os disparos de tanques também atingiram a cidade Khan Yunis, localizada mais ao Sul da Faixa de Gaza.
Com informações das Agências France Presse e Reuters
