Índice de Negativação do Comércio volta a subir em novembro

Apesar da alta de três pontos em novembro, índice se manteve bem abaixo dos anos de 2015 (263 pontos) e 2014 (195 pontos).

Sede da Associação Comercial e Industrial (ACICG) de Campo Grande (MS) – Foto: Álvaro Barbosa

O Índice de Negativação do Comércio (INC) apurado pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) encerrou o mês de novembro em 34 pontos, 3 acima do indicador de outubro, confirmando a tendência de alta observada desde setembro.

Normann Kallmus, economista-chefe da ACICG, diz que as incertezas derivadas do comportamento da economia continuam promovendo uma redução do consumo e, em consequência, uma inadimplência menor. “A situação deixou de ser crítica. Lembramos que em novembro de 2014 esse indicador era de 195, e em 2015, 263, o que reforça a tendência já verificada nos Boletins anteriores, mas ainda assim, deve ser considerado como um ponto de atenção, em função da incipiente recuperação dos indicadores”, afirma.

Ainda no mês de novembro, o Índice de Recuperação de Crédito (IRC) foi de 47 pontos, contra 37 em outubro, registrando um retorno ao mesmo nível de setembro. “Até o mês setembro, a manutenção do nível de Índice de Recuperação de Crédito num padrão confortavelmente superior ao do índice de Negativação indicava que as famílias estavam recuperando o equilíbrio econômico, no entanto em outubro, esses indicadores praticamente se equivalem e, a despeito da melhora em novembro, foram registrados mais inadimplementos do que os que recuperaram o crédito”, explica Kallmus.

Conforme o economista, as razões parecem estar relacionadas ao esgotamento da capacidade de recuperação dos orçamentos domésticos. A melhora verificada está relacionada aos resultados da campanha Nome Limpo, iniciada pela ACICG em novembro. No mês houve um total de 5.266 exclusões do cadastro de inadimplentes no mês, contra 4.098 em outubro e 5.239 em setembro. As notificações emitidas totalizaram 6.968 (5.125 CPF e 227 CNPJ) contra 6.441 em outubro, registrando um crescimento de 8,1%.

“A importância de acompanhar o comportamento desses indicadores (IRC e INC), reside no fato de que são essenciais para determinar a liquidez das famílias, indicando se existem condições efetivas para uma rápida e desejada retomada dos níveis de atividade pré-crise”, finaliza Kallmus.

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