Frio intenso e duradouro “aquece” as vendas de roupas

Surfwear Antiqueda esgotou seu estoque no ‘repique’ para lojas.

Paulo Sérgio Nogueira Lopes, o Paulinho, diretor da AntiQueda. – Foto: Fábio Maradei

Paulo Sérgio Nogueira Lopes, o Paulinho, diretor da AntiQueda. – Foto: Fábio Maradei

Se a maioria das pessoas está reclamando do frio intenso e prolongado, o setor de vestuário pensa diferente. Depois do verão fora de época, as temperaturas baixaram drasticamente, “aquecendo” as vendas, que nos últimos anos não tinham sido de acordo como o previsto, justamente pela falta de um inverno de fato. E a expectativa é animadora, porque a estação do frio começa mesmo na próxima segunda-feira e a previsão é que os termômetros continuem em baixa.

“Há muito tempo tinha sido anunciado esse frio, mas ninguém acreditava, ainda mais que tivemos um verão fora de época, quando já era para estar esfriando. Melhor ainda, antes de uma data muito importante no comércio, o Dia dos Namorados. E para melhorar ainda veio com chuva. Ajudou muito. Estou no mercado de surfwear há mais de 30 anos, 27 de AntiQueda, e nunca vi uma corrida tão grande atrás de roupas pesadas”, comenta o empresário Paulo Sérgio Nogueira Lopes, o Paulinho, diretor da AntiQueda.

Ele explicou que a mudança de clima gerou uma verdadeira “corrida” aos estoques das marcas, o famoso repique, quando os lojistas fazem novos pedidos da mesma coleção. “É normal ter uma sobra dentro da confecção. Do ano passado, foi quase negativo, não aconteceu inverno. Então, tínhamos de 2015 e vendemos praticamente tudo”, ressalta.

Paulo Sérgio Nogueira Lopes, o Paulinho, diretor da AntiQueda. – Foto: Fábio Maradei

Paulo Sérgio Nogueira Lopes, o Paulinho, diretor da AntiQueda. – Foto: Fábio Maradei

“Não quer dizer que podemos estar otimistas, porque todos os nossos lojistas vieram comprando menos, pela crise. Essa queda de temperatura salvou, todos tiveram um faturamento inesperado”, complementa Paulinho, revelando a maior saída para peças tamanhos grandes G ou GG. Já a preferência por modelos foi para o moletom com capuz sem zíper. “O primeiro a acabar”, conta.

LICENCIAMENTO – Apesar do alento da venda de inverno, o empresário sabe que a atual crise econômica no país continuará afetando diretamente o seu negócio. E para vencer a fase negativa, a decisão foi para o licenciamento de toda a parte fabril. Antes, a marca tinha a produção vertical, com cerca de 90% das peças produzidas na própria empresa. “Foi uma saída que conseguimos para garantir a redução de custos e nos adequar às necessidades de mercado, baixando preços”, explica Paulinho.

Com o licenciamento, a marca tem uma sequência de compra e venda a menos, gerando menos impostos. Também garante uma estrutura mais compacta e enxuta. “Além de não ter aumento, com o repasse da inflação, vamos reduzir os preços finais em 15%”, destaca o empresário, revelando que a criação, marketing e a comercialização continuam com a marca. “Estou otimista em relação a essa saída, senão mantinha o pessimismo. Não acredito que as coisas vão melhorar rapidamente e somos obrigados a nos adequar”, completa.

27 ANOS – Criada em 1989, em Santos, por três estudantes de Administração, numa sala alugada de menos de 100 metros quadrados, a AntiQueda chega aos 27 anos mantendo a sua origem no surf. Nessas quase três décadas, Paulinho, junto com Marcelo Kassardjian e Sônia Nicastro realizaram várias “sacadas” para crescer. Entre elas, a então inédita camiseta com protetor solar, fator 50, isso em 2002.

Para conhecer mais sobre a AntiQueda, há o site www.antiqueda.com e o facebook.com/antiqueda.

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