Encontro da Rede Brasileira de Teatro de Rua reúne em Campo Grande grupos de todo o país

Encontro Rede Brasileira de Teatro – Foto: Edemir Rodrigues/FCMS

Encontro Rede Brasileira de Teatro – Foto: Edemir Rodrigues/FCMS

Campo Grande (MS) – Começou na manhã desta quinta-feira, 16 de junho, o XVIII Encontro da Rede Brasileira de Teatro de Rua, que acontece até 19 de junho, em Campo Grande, na Esplanada Ferroviária. Neste momento os grupos estão organizando a plenária e as pautas para discussões.

Participam deste XVIII Encontro grupos de São Bernardo do Campo SP, Porto Alegre RS, Rio Branco AC, Presidente Prudente SP, Brasília DF, Nova Andradina MS, Salvador BA, São Paulo SP, Santos SP, Rio de Janeiro RJ, Nova Alvorada do Sul MS, Dourados MS, Sorocaba SP, Santo André SP, Porto Velho RO, Londrina PR, Boa Vista RR e Campo Grande. Do Estado, participam o Circo do Mato, Imaginário Maracangalha, Teatral Grupo de Risco, Cia Theastai, Palhaço Challito, Grupo Simbiose e Circo Le Chapeau.

Oscar Medina, atua como malabares na Argentina – Foto: Edemir Rodrigues/FCMS

Oscar Medina, atua como malabares na Argentina – Foto: Edemir Rodrigues/FCMS

A Rede Brasileira de Teatro de Rua – RBTR, criada em março de 2007, em Salvador/BA, é um espaço físico e virtual de organização horizontal, sem hierarquia, democrático e inclusivo. Todos os grupos de teatro, artistas-trabalhadores, pesquisadores e pensadores envolvidos com o fazer artístico da rua, pertencentes à RBTR podem e devem ser seus articuladores para, assim, ampliar e capilarizar, cada vez mais, reflexões e pensamentos, com encontros, movimentos e ações em suas localidades.

O intercâmbio da Rede Brasileira de Teatro de Rua ocorre de forma presencial e virtual, entretanto toda e qualquer deliberação é feita nos encontros presenciais, sendo que seus articuladores farão, ao menos, dois encontros anuais de forma rotativa de maneira a contemplar todas as regiões brasileiras, valorizando as necessidades mais urgentes do país. Os articuladores de todos os Estados, bem como os coletivos regionais, devem se organizar para garantir a participação nos encontros.

Fernando Cruz, diretor de teatro – Foto: Edemir Rodrigues/FCMS

Fernando Cruz, diretor de teatro – Foto: Edemir Rodrigues/FCMS

Segundo o diretor de teatro e articulador da Rede, Fernando Cruz, o objetivo do Encontro é fortalecer os grupos de teatro de rua e o trabalho das companhias, propiciar a formação prática e teórica, a documentação, formação e intercâmbio entre os grupos para fortalecer as políticas públicas da área a partir da experiência de cada localidade do país para a formação de uma política pública nacional e intercâmbio a respeito das estéticas de cada grupo.

“A Rede Brasileira de Teatro de Rua é a rede mais organizada do país dentro da área do teatro. Temos uma rede de pesquisadores que está inserida no CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e a Rede funciona de forma autônoma. Pretendemos com este Encontro, o fortalecimento do teatro de rua e nos organizarmos para que as políticas públicas para a área saiam do papel e sejam colocadas em prática. Que saiamos deste encontro mais fortes”.

Camila Peral, do Coletivo Galpão da Lua, de Presidente Prudente (SP) – Foto: Edemir Rodrigues/FCMS

Camila Peral, do Coletivo Galpão da Lua, de Presidente Prudente (SP) – Foto: Edemir Rodrigues/FCMS

O Superintendente de Cultura da Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação, Zito Ferrari, esteve presente e falou que a importância maior do evento é que cada grupo colaborou doando cachê para a realização do encontro. “Eles já vêm com um trabalho nacional. Campo Grande tem tudo para oferecer apoio para a continuidade desse movimento”.

O argentino Oscar Medina atua como malabares nas ruas. Foi convidado a participar do encontro e gostou muito, pois considera uma oportunidade para conhecer mais a cultura de rua do Brasil. “Como estrangeiro, percebo que as questões sociais são muito fortes no país”.

Camila Peral, do Coletivo Galpão da Lua, de Presidente Prudente (SP), afirma que em sua cidade não existem políticas públicas municipais. “Apenas um evento uma vez no ano, no espaço cultural da cidade, mas em termos de políticas públicas não tem. A gente não tem nenhum vínculo com nenhum órgão. Somos seis grupos de música, teatro, dança. Vamos atrás de editais estaduais para fazer arte na periferia. Estamos aqui parqa discutir saídas, como ter esse aporte nacional, como conversar com o governo para ter esse financiamento. Cultura é benefício de todos. Todo mundo precisa, como a saúde e educação”.

O Encontro vai até o dia 19 de junho, na Esplanada Ferroviária. Nesta sexta-feira, dia 17, acontece um cortejo cênico da Rede Brasileira de Teatro de Rua, com grupos de todo o Brasil, saindo da praça Ary Coelho, às 16 horas.

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