CropSolutions tem trabalho publicado na revista “Cultivar Grande Culturas”

Artigo trata da pesquisa sobre o aumento de populações de cascudinho-da-soja

Foto: Divulgação

A edição de fevereiro da revista “Cultivar Grande Culturas” traz o artigo “Alternativas para o controle”, produzido pela equipe de pesquisa da CropSolutions. O trabalho trata sobre o aumento de populações de cascudinho-da-soja demonstra a necessidade de uso de diversas técnicas de manejo e de novos estudos sobre a praga.

Essa praga ocasiona redução no rendimento da cultura e dificulta o desenvolvimento devido aos danos que pode causar nas fases iniciais da cultura. E tem causado sérios prejuízos a muitos produtores no Centro-Oeste do Mato Grosso do Sul (MS), detectados na safra de 2017/2018 no Norte do MS, nas regiões de Coxim e Sonora. Na safra 2021/2022, foi alta a ocorrência dessa praga em muitas áreas agrícolas do MS, causando danos nas fases iniciais da cultura. E muitas áreas foram submetidas a novos replantios, atrasando a colheita e trazendo prejuízos econômicos aos produtores. Além do MS, a alta incidência do cascudinho foi constatada em áreas nas regiões Sul e Leste de Mato Grosso. Na presente safra 22/23, foi observado que algumas regiões que ainda não tinham tanta incidência dessa praga passaram a sofrer ataques severos (Campo Grande, Chapadão do Sul, Sidrolândia, Bandeirantes, Camapuã, Jaraguari e Rio Negro).

Segundo a pesquisadora responsável pelo trabalho, Andressa Lima Brida, o monitoramento de pragas por via de regra é realizado com base nos princípios do Manejo Integrado de Pragas (MIP), que indica o nível de ação de controle conforme a quantidade de insetos identificados no monitoramento. Para o cascudinho, o nível de controle ainda se encontra em estudo.

Porém, o pano de batida é considerado uma ferramenta essencial para o monitoramento dessa praga. A adoção das estratégias de controle do cascudinho- -da-soja em lavouras agrícolas apresenta um grande desafio, uma vez que esse inseto mostra o comportamento bastante peculiar, com hábito de se abrigar na palhada ou sob torrões de solo durante o dia, estando protegido contra o contato direto entre os inseticidas por ocasião das pulverizações, invalidando algumas aplicações. Atualmente, produtores têm investido no tratamento de sementes, pois oferece proteção inicial para as plântulas na fase considerada mais crítica do ataque do inseto. Somado a isso, é fundamental o manejo químico e/ou a associação de produtos biológicos em pulverizações iniciais quando a planta estiver com o primeiro par de folhas, sempre rotacionar os princípios ativos e, se possível, realizar aplicações noturnas, momento em que o inseto está mais exposto”, explica a pesquisadora.

Foto: Divulgação

A maioria dos inseticidas disponíveis no mercado não proporciona controle eficaz. Com isso, muitos produtores acabam adaptando doses e misturas. Entretanto, alguns princípios ativos têm demonstrado bons resultados na redução da população desses insetos, como fipronil, clorpirifós e thiametoxan, imidacloprid, além dos produtos biológicos, os quais têm contribuído para o cenário de manejo de pragas. Muitos produtos biológicos à base de bactérias e fungos entomopatogênicos têm demonstrado eficácia em condições de laboratório. Da mesma forma, para muitas pragas agrícolas, apresentando grande potencial quando associados a inseticidas químicos.

Os inseticidas microbiológicos à base de micro- -organismos (fungos, vírus, bactérias e nematoides) são capazes de infectar, incapacitar e matar insetos. Os mecanismos de ação são variados e altamente específicos para determinadas espécies de insetos, de modo que cada aplicação pode resultar no controle de apenas uma porção do complexo de pragas presente na lavoura. Os insetos, quando infectados pelo fungo, perdem a mobilidade e a coloração, apresentando o corpo rígido e quebradiço, podendo, algumas vezes, estar recoberto por micélio e esporos com aspecto e coloração típicos do entomopatógeno associado.

 “Pouco a pouco a pesquisa começa a identificar o comportamento dessa praga, incluindo sua biologia e ecologia. Estudos estão sendo realizados visando ao controle dessa praga. Seja via tratamento de sementes ou em pulverizações com diferentes produtos, além da tecnologia de aplicação, que é fundamental devido à complexidade de alvo, será necessário um somatório de estratégias para o manejo dessa praga. Realizar a identificação correta, mapear o comportamento, delimitar os melhores horários para aplicação e adotar técnicas preconizadas pelo manejo integrado de pragas são caminhos que podem ajudar o produtor a lidar com o cascudinho-da-soja”, conclui Andressa.

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