Compromissos definitivos

Déia e Tiba Camargo – Foto: Divulgação

Déia e Tiba Camargo – Foto: Divulgação

É impossível fugir de compromissos definitivos. Isso porque a nossa alma pede, nossa natureza humana clama por estas constâncias. Seria impossível, inviável viver sem fazê-los.

Um exemplo é o matrimônio. Estar com uma pessoa para sempre, mais que isso, amar a mesma pessoa a cada dia das nossas vidas não é fácil, mas é possível quando existe comprometimento da parte dos dois, quando há a decisão de renovar o casamento de tempo em tempo, cultivando o romantismo, o afeto, promovendo mudanças em si e no relacionamento.

É possível, também, quando com paciência aprendemos a lidar com as diferenças e conflitos, não nos deixando levar pelas inconstâncias e pela terrível cultura do descartável do mundo pós moderno, que nos faz achar que a melhor solução para algo que incomoda é livrar-se dele, cair fora, abandonar o barco.

Outro dia, uma amiga nossa, após ter feito vários exames, descobriu que estava com arritmia. Assustou-se diante do médico que lhe disse: você vai ter que tomar o remédio para o coração todos os dias, pelo resto da vida. Percebendo o incômodo dela, o médico, com sabedoria lhe acalmou: Por que o espanto? Existem inúmeras coisas que temos de fazer todos dias e não achamos ruim: escovar dentes, comer, tomar banho, arrumar a cama… o que é isso comparado a um comprimidinho? “É, não parece tão ruim agora”, disse nossa amiga aliviada.

Da mesma forma acontece em nossos relacionamentos, em nossa vida afetiva. Sabemos da complexidade da vida matrimonial e pode assustar um pouco assumir algo tão sério para toda a vida.

Temos quase seis anos de casados. É bem pouco, sabemos, mas com apenas seis anos nós a cada tempo precisamos sentar, conversar, pontualizar as coisas para sarar ou evitar desentendimentos ou esfriamentos. Amor é isso: é decisão diária de retomada. Viver as realidades próprias da vida a dois, dos filhos, da casa, da família, é desafiador, mas possível e, sem dúvida, leva o homem e a mulher a experimentarem a realização e a felicidade.

(*) Por Déia e Tiba Camargos são missionários da Comunidade Canção Nova e articulistas da Revista Canção Nova

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