Subiu para 108 vítimas o número de mortos no naufrágio de um barco com imigrantes no litoral do Egito – Foto: Eman Helal/AP
O número oficial de vítimas fatais no naufrágio de um barco com imigrantes no litoral do Egito subiu para 108, segundo informações das autoridades locais. A embarcação naufragou na tarde de quarta-feira (21/09) no Mar Mediterrâneo e dezenas de pessoas ainda permanecem desaparecidas.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, o barco pesqueiro transportava centenas de pessoas, tendo 163 sido resgatadas com vida pela Guarda Costeira do Egito.
A embarcação naufragou a 12 km de distância da cidade de Rosetta, para onde foram levados os sobreviventes. Todos permanecem em barracadas improvisadas e estão recebendo ajuda das autoridades egípcias.
Em depoimento a um jornal, o jovem egípcio Ahmed Mohamed, de 27 anos, disse que a embarcação estava superlotada, e que muitas pessoas entraram em pânico quando começou a afundar. Alguns imigrantes se atiraram no Mar Mediterrâneo.
“Éramos 200, o barco já estava cheio. E chegaram outros 200. O barco tombou e começou a afundar. Era o apocalipse. Todos tentavam sair vivos. Nadei 10 quilômetros“, disse Ahmed Mohamed.
A cidade de Rosetta fica localizada na foz do Rio Nilo, tendo muitos imigrantes se reunido para ler o Alcorão, livro sagrado do islamismo. Todos estavam à espera de notícias de parentes e amigos.
Autoridades europeias afirmam que o Egito está se convertendo em um ponto de partida de imigrantes que desejam chegar a Europa atravessando o Mar Mediterrâneo em embarcações precárias.
O Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados afirmou que 10% dos imigrantes que chegam à Europa partem de barco do Egito, e que a viagem é muito arriscada, principalmente devido as precárias condições das embarcações e, sobretudo, em decorrência da superlotação.
Na terça-feira (20/09), o Exército Egípcio interceptou um navio com 68 imigrantes, tendo interceptado outro na quarta-feira (21/09), o qual estava transportado 294 pessoas.
Com informações das Agências France Presse e Reuters
