Pelo segundo dia consecutivo, o Brasil não recebeu autorização para retirar seus cidadãos que estão retidos no Sul da Faixa de Gaza. A fronteira com o Egito será aberta, mas apenas para a retirada de cidadãos norte-americanos e europeus.
De acordo com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, um grupo de 34 pessoas, sendo 24 brasileiros e 10 palestinos, estão aguardando a autorização para deixar Gaza, que está sendo bombardeada dia e noite pelo Exército de Israel.
Fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, por onde os estrangeiros estão deixando a região – Foto: Divulgação
A lista de estrangeiros autorizados a cruzar a fronteira Rafah (Gaza) e o Egito, divulgada nesta quarta-feira (1º), tem cidadãos dos seguintes países: Azerbaijão, Bahrein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Chade, além de norte-americanos, que são maioria.
O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, informou que o governo brasileiro está trabalhando para conseguir a liberação dos palestinos. Em nota divulgada ontem, o Itamaraty disse confiar que em breve os brasileiros retidos em Gaza possam atravessar a fronteira entre Rafah e o Egito.
Na Cisjordânia, a representação brasileira sediada em Ramallah, conseguiu autorização para retirar 32 pessoas de 12 famílias, que manifestaram interesse em deixar a região. São 12 homens, 9 mulheres, 11 crianças e 6 idosos.
O voo com essas pessoas deve chegar ao Brasil nesta quinta-feira (02), e o avião deve pousar na Base Aérea de Brasília.
O destino final desses passageiros são as cidades de: Foz do Iguaçu, São Paulo, Florianópolis, Recife, Rio de Janeiro, Fortaleza, Curitiba, Goiânia, Brasília e Porto Alegre.
Ainda de acordo com o embaixador Alessandro Candeas, três veículos, entre ônibus e vans, foram alugados para retirar os cidadãos brasileiros da Cisjordânia. Todos foram levados para o Aeroporto Internacional Queen Alia, na Jordânia, onde embarcaram em um avião da Presidência da República.
Todos os veículos, incluindo o avião, foram identificados com a Bandeira do Brasil, para garantir a segurança de todos. As autoridades de Israel, da Palestina e do Egito foram informados sobre o trajeto que iriam seguir, para garantir a integridade física de todos e evitar que fossem bombardeados.
Com informações das Agências France Presse e Estado
