Arqueólogos egípcios encontram sarcófagos intactos de 2,6 mil anos

O Governo do Egito anunciou na manhã deste sábado (03) a descoberta de 59 sarcófagos de madeira, em bom estado de conservação, de aproximadamente 2,6 mil anos. Os ataúdes foram localizados na necrópole de Saqqara, e os mesmos pertencem a sacerdotes e oficiais.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, a descoberta aconteceu em agosto deste ano, mas a informação somente foi divulgada agora, depois de meses de pausa nas atividades arqueológicas em decorrência da pandemia do Coronavírus (Covid-19).

Sarcófagos com cerca de 2,5 mil são encontrados no sítio arqueológico de Saqqara, no Egito — Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters

Os sarcófagos foram encontrados na necrópole de Saqqara, localizada ao Sul do Cairo, capital do Egito. Os mesmos estavam enterrados em três tumbas verticais de 10 a 12 metros de profundidade.

Também foram encontradas 28 estátuas do antigo Deus Egípcio Ptah Sokar, uma das divindades funerárias mais importantes.

O ministro do Turismo do Egito, Khalid el-Anany, disse em entrevista coletiva que a descoberta é muito importante para os egípcios e para a humanidade em geral. ”Considero esse o começo de uma grande descoberta”, disse Khalid el-Anany.

Já o secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Mustafa Waziri, disse que os sarcófagos pertencem à Dinastia 26 do Período Tardio (664 a.C a 525 a.C), uma das últimas antes da conquista do país pelos persas.

As peças encontradas dentro das tumbas ainda preservam a cor original e podem ter sido protegidas das reações químicas e do tempo devido à um selo protetor encontrado em cada uma delas.

Jornalistas e autoridades fotografam um dos Sarcófagos de aproximadamente 2,5 mil, encontrados essa semana no sítio arqueológico de Saqqara, no Egito — Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters

As múmias foram apresentadas a um grupo de arqueólogos e pesquisadores em um evento, e elas estavam envoltas em tecidos e ornamentos de ouro em perfeito estado de conservação.

Ainda de acordo com Mustafa Waziri, as múmias pertencem a sacerdotes e oficiais do alto escalão do Antigo Egito que residiam na antiga capital, Memphis.

Trata-se de uma descoberta rara na região, segundo relatos de pesquisadores e arqueólogos, porque nessa área é comum encontrar animais mumificados.

A tumba possui outros sarcófagos que ainda não foram retirados do local. Espera-se que os trabalhos continuem sendo realizados na região por mais 60 dias.

A missão arqueológica responsável pela descoberta está ativa desde 2018, mas os trabalhos foram interrompidos em março deste ano em decorrência da pandemia do Covid-19. As retomadas dos trabalhos em agosto trouxeram novidades.

Templos e estátuas de 2,5 mil anos também foram descobertos no Egito — Foto: Mahmoud Khaled/AP

Essa missão arqueológica foi a responsável pela descoberta, em dezembro de 2018, de outra tumba também bem preservada, da 5ª Dinastia Real, chamada de Wahtye. Na ocasião, foram encontrados vários animais mumificados, sendo os mais raros besouros e filhotes de leão.

Nos próximos meses, as autoridades egípcias pretendem retomar os trabalhos de arqueologia na necrópole de Saqqara, com o objetivo de encontrar dezenas de outros sarcófagos e, provavelmente, de outras relíquias.

As múmias encontradas até o momento serão expostas no Grande Museu do Egito, previsto para ser inaugurado em 2021. Ele fica localizado próximos a pirâmide de Gizé.

Com informações das Agências France Presse e Reuters

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