Iraque retoma o controle da cidade de Fallujah, que estava sob o controle do Estado Islâmico

Fumaça é vista saindo de um bairro de Fallujah, no Oeste do Iraque, durante confronto entre militares iraquianos e jihadistas do Estado Islâmico na manhã desta sexta-feira (17/06). – Foto: Ahmad Al-Rubaye/AFP

Fumaça é vista saindo de um bairro de Fallujah, no Oeste do Iraque, durante confronto entre militares iraquianos e jihadistas do Estado Islâmico na manhã desta sexta-feira (17/06). – Foto: Ahmad Al-Rubaye/AFP

As autoridades iraquianas divulgaram na manhã desta sexta-feira (17/06), a informação de que militares do Exército, com o apoio de policiais e membros das Forças de Segurança, conseguiram retomar o controle parcial da cidade de Fallujah, no Oeste do Iraque, que estava em poder de extremistas do Estado Islâmico (EI). Em alguns bairros ainda ocorrem intensos confrontos, mas a sede de governo já foi conquistada, tendo a bandeira iraquiana sido hasteada novamente.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, a cidade de Fallujah é um dos redutos mais emblemáticos do EI, e para os militares iraquianos, a sua conquista era uma questão de tempo e, sobretudo, um dever.

A cidade de Fallujah fica a apenas uma hora de carro da capital Bagdá, e sua retomada traz uma certa tranquilidade as autoridades locais e aos diplomatas estrangeiros, que temiam ataques e atos de violência contra as Embaixadas sediadas em Bagdá.

A TV estatal no Iraque mostrou imagens dos confrontos em Fallujah e o hasteamento da bandeira do país na sede do governo local. O prédio encontra-se danificado e depredado.

O Conselho Norueguês para os Refugiados (CNR), que atua na região, alertou a Comunidade Internacional para um possível “desastre humanitário” na cidade de Fallujah, porque os combates continuam intensos, e muitos civis estão sendo mantidos como reféns por jihadistas do Estado Islâmico.

O secretário-geral do CNR, Jan Egeland, disse em entrevista coletiva, que jihadistas do EI estão assassinando civis indefesos, incluindo mulheres e crianças, durante a fuga, em represália a retomada da cidade.

“Existe um desastre humanitário dentro de Fallujah, e outro desastre em curso nos campos de refugiados [que recebem os civis que tentam fugir da cidade]. Muitas pessoas estão sendo mortas”, disse Jan Egeland.

“Milhares de pessoas em fuga do fogo cruzado depois de meses de cerco e à beira da fome precisam de ajuda e cuidados, mas nossas reservas devem acabar em breve. A comunidade humanitária precisa de financiamento imediato para impedir um desastre completamente evitável diante de nossos olhos”, concluiu o secretário-geral do CNR.

Dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), mostram que cerca de 48 mil pessoas já deixaram suas casas em Fallujah, principalmente na periferia da cidade. Já aquelas que residem no centro continuam retidas.

Para impedir que os civis deixem a cidade, jihadistas do EI estão enterrando minas e bombas nas estradas, as quais são detonadas durante a passagem de veículos.

Membros do Estado Islâmico que cercam alguns bairros estão matando vários civis que tentam deixar suas casas, com o objetivo de impedir a fuga.

O Exército Iraquiano está tentando abrir um corredor para facilitar a passagem de civis, mas os soldados permanecem sob intenso fogo dos jihadistas.

Com informações das Agências Reuters e France Presse

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