À primeira vista, escolher o elevador pórtico pode parecer uma tarefa simples, mas basta considerar o tipo de veículo que será atendido para perceber que a decisão exige mais cuidado do que parece. Isso porque o modelo que atende perfeitamente um carro de passeio pode acabar sendo insuficiente para veículos maiores. Então, conhecer as características do automóvel e as especificações do equipamento é fundamental para evitar erros na compra, prejuízos futuros e garantir a eficiência na operação.
Crédito: July Alcantara/iStock
Potência, segurança e versatilidade no dia a dia da oficina
Imagine um equipamento robusto que vai além de apenas levantar um carro, erguendo SUVs, utilitários e até mesmo vans com segurança e praticidade. Este é o elevador pórtico, que vem sendo adotado por oficinais que precisam de maior versatilidade.
Composto de duas colunas e braços ajustáveis, ele eleva totalmente o veículo, liberando o espaço de baixo para o mecânico trabalhar. Comparado ao modelo pantográfico, ou “tesoura”, o pórtico permite uma movimentação mais livre ao redor do carro, além de suportar cargas entre 4 e 5,5 toneladas.
Em termos de desempenho, a maioria desses elevadores atinge entre 1,8 m e 1,9 m, em cerca de 45 a 60 segundos, dependendo do sistema hidráulico e da potência do motor, que gira em torno de 2 e 3 HP, geralmente.
Além de força e desempenho, segurança também é palavra-chave quando se fala em elevador pórtico. E é aqui que entra a NR-12, uma norma que garante que o equipamento siga padrões de segurança, tanto na estrutura quanto no uso. Se o elevador é certificado, isso quer dizer que ele já vem com recursos importantes, como travas automáticas, sistemas de emergência e proteções nas partes elétricas.
O que observar antes de escolher o elevador pórtico
Não é somente levantar o carro, e pronto. Escolher o elevador certo envolve olhar para detalhes técnicos que farão toda a diferença no uso diário. A capacidade de carga é um bom exemplo, porque enquanto alguns modelos suportam até 3 toneladas e atendem bem carros de passeio, outros são projetados para lidar com veículos mais pesados, como SUVs, vans e caminhonetes. Nestes casos, é preciso optar por versões com capacidade superior a 4 toneladas.
O espaço da oficina também entra na conta. A distância entre as colunas e a altura disponível determinam não só quais veículos podem ser atendidos, mas também se o profissional terá liberdade para se movimentar e trabalhar com conforto.
Então, dependendo da estrutura do local, pode ser melhor escolher modelos de piso (mais fáceis de instalar) ou embutidos, que exigem preparação prévia, mas deixam o ambiente mais limpo e nivelado.
Por fim, os itens de segurança merecem atenção especial. Recursos como sensores de carga, botão de parada de emergência e bloqueio de descida são essenciais para garantir a integridade do equipamento e de quem está operando.
Tecnologia amplia a segurança e facilita a operação
Com o passar dos anos, os elevadores pórticos também evoluíram, e hoje trazem recursos que vão além da força bruta. A tecnologia tem papel importante nessa transformação e possibilitou que o equipamento contasse com sensores eletrônicos, que monitoram o nivelamento durante a subida e evitam desalinhamentos que podem comprometer a estabilidade do veículo.
Os painéis de controle também ficaram mais inteligentes e fáceis de usar, já que muitos modelos vêm com comandos simples, sinalizações visuais mais claras e layouts pensados para quem está na correria do dia a dia da oficina, permitindo que até pessoas com pouca experiência consigam operar com segurança.
Além disso, melhorias na ergonomia, suavidade e redução de ruídos também têm ganhado destaque entre os modelos mais novos. São detalhes que, juntos, tornam o ambiente mais confortável e a operação do elevador pórtico mais eficiente.
