Os governos da Arábia Saudita e do Iêmen negaram oficialmente na manhã desta sexta-feira (08/01) o bombardeio da Embaixada Iraniana em Sanaa, capital iemenita.
De acordo com informações do ministro de Relações Exteriores do Iêmen, Riad Yassin, disse em entrevista coletiva que a Força Aérea Saudita bombardeou áreas ocupadas por rebeldes, e que nenhuma representação diplomática creditada em Sanaa sofreu qualquer dano.
Nesta quinta-feira (07/01), as autoridades iranianas acusaram oficialmente a Arábia Saudita de ter bombardeado intencionalmente na noite da última quarta-feira (06/01), sua Embaixada em Sanaa, afirmando ainda que funcionários e diplomatas teriam ficado gravemente feridos.
Essa acusação acirrou a tensão na região entre as principais potências xiitas e sunitas. O clima tenso começou depois da execução do clérigo xiita Nimr Baqir al-Nimr, ocorrido no último sábado (02/01), e após a invasão e depredação da Embaixada Saudita em Teerã, capital do Irã.
Irã e Arábia Saudita decidiram romper oficialmente as relações diplomáticas, que anteriormente eram amistosas. Outros países seguiram os sauditas e, também, romperam relações com os iranianos.
Em nota divulgada à imprensa, as autoridades sauditas disseram que as acusações são falsas e que todas as incursões aéreas em território iemenita são elaboradas com antecedência, tendo como alvos rebeldes e insurgentes.
“O comando da coalizão confirmou que estas acusações (iranianas) são falsas e vãs, ressaltando que não realizou qualquer operação na embaixada ou nas proximidades”, de acordo com nota divulgada pela agência de notícias estatal saudita SPA.
As autoridades sauditas pediram ainda, que todas as missões diplomáticas em Sanaa não ofereçam abrigo para as milícias que tentam tomar o poder no Iêmen.
Moradores de Sanaa disseram aos repórteres da Agência Reuters que a Embaixada Iraniana não sofreu qualquer tipo de dano.
Com informações das Agências Reuters e France Presse