Um tiroteio ocorrido neste domingo (15) em um supermercado na cidade de Buffalo, no Estado de Nova York, nos Estados Unidos (EUA), causou a morte de pelo menos 10 pessoas e deixou outras três feridas. O suspeito já foi identificado e preso.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, as motivações para o ataque ainda são oficialmente desconhecidas, mas as autoridades locais acreditam que tenha sido por motivação racial.
O suspeito, trajando roupas no estilo militar, entrou no supermercado armado e efetuou diversos disparos contra as pessoas que estava no local, entre funcionários e clientes. Houve pânico e muitos correram em direção as portas.
Equipes de resgate e da polícia foram acionadas e enviadas para o local, que foi isolado e cercado. Os moradores próximos ao prédio do supermercado foram aconselhados a não saírem de casa e todas as ruas próximas foram bloqueadas.
O suspeito, de 18 anos, já foi identificado e encontra-se detido. Acredita-se que ele tenha transmitido o ataque ‘ao vivo’, via internet, através de uma câmera instalada em seu capacete.
Agentes do FBI (Polícia Federal dos EUA) estão investigando o ocorrido e estão tratando o caso como um “crime de ódio” e um “ato de extremismo violento racialmente motivado”.
Já se sabe que o suspeito não mora na região, e que ele viajou por horas até chegar ao bairro, predominantemente de cidadãos negros.
O prefeito de Buffalo, Byron Brown, pediu punição exemplar contra o suspeito, um jovem branco. A residência dele está sendo vistoriada e os familiares e amigos estão sendo interrogados.
Um funcionário do Supermercado Tops Friendly Market, onde aconteceu o ataque, disse que o suspeito entrou no local armado com um rifle, e que atirou contra as pessoas sem se importar se eram crianças, adultos ou idosos.
Já o comissário de polícia da cidade de Buffalo, Joseph Gramaglia, disse em entrevista coletiva, que o criminoso estava fortemente armado e possuía equipamentos de alta resolução para transmitir o ataque via internet.
“Ele estava fortemente armado. Ele tinha equipamento tático. Ele estava com um capacete tático. Ele tinha uma câmera que estava transmitindo ao vivo o que ele estava fazendo”, afirmou o comissário durante a entrevista coletiva.
Três vítimas foram mortas no estacionamento do supermercado e as demais foram assassinadas dentro do estabelecimento comercial.
Um ex-policial que trabalhava como segurança chegou a trocar tiros com o suspeito, mas ele estava com colete a prova de balas e não foi alvejado. O segurança foi morto.
O presidente dos EUA, Joe Biden, foi comunicado sobre o ocorrido em Buffalo e lamentou o ataque por motivações raciais. A Casa Branca, residência oficial do presidente, informou que ele está orando pelas vítimas e seus familiares.
A governadora de Nova York, Kathy Hochul, disse que está “monitorando de perto o tiroteio em um supermercado em Buffalo”, que é sua cidade natal.
Horas depois ela afirmou que criou uma Força-Tarefa de Crimes de ódio da polícia para ajudar nas investigações.
“Devemos enfrentar a ameaça que a supremacia branca representa para nossa sociedade de cabeça erguida“, declarou a governadora Kathy Hochul.
Com informações das Agências Reuters e Associated Press