Venezuela está próxima da Guerra Civil

O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, convocou na manhã desta terça-feira (30) a população do país para irem às ruas protestar e declarou que conta com o apoio da maioria dos militares para pôr fim ao que ele chama de “usurpação” de poder por parte de Nicolás Maduro.

Juan Guaidó, reconhecido como presidente de fato da Venezuela pela Comunidade Internacional, enfrenta resistência por parte das Forças Armadas Venezuela, cujos militares estão coibindo com severidade as manifestações nas ruas da capital Caracas e em outras cidades do país.

O governo de Nicolás Maduro chamou as manifestações de tentativa de golpe e disse que as Forças Armadas do país vão manter a defesa da Constituição e a sua própria segurança.

Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela, é visto cumprimentando um comandante militar próximo a uma base aérea em Caracas, capital do país — Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

A Polícia Bolivariana Venezuelana está usando bombas de gás contra os manifestantes. As agências internacionais de notícias afirmam que centenas de pessoas ficaram feridas nas manifestações desta manhã.

Testemunhas disseram que policiais venezuelanos estão utilizando armas para conter os manifestantes. Há relatos de que várias pessoas ficaram feridas ao serem atingidas por disparos de arma de fogo.

Juan Guaidó declarou agora a pouco, através das redes sociais, que conta com o apoio das principais unidades militares das Forças Armadas, e que deu início a fase final da chamada “Operação Liberdade”, cujo objetivo é libertar o povo venezuelano da “ditadura chavista”, atualmente sob a liderança de Nicolás Maduro.

O governo dos Estados Unidos colocou de prontidão das Forças Armadas do país, caso seja necessário resgatar cidadãos americanos que ainda permanecem na Venezuela, e que podem estar correndo risco de vida.

Já o governo brasileiro disse que ainda vai esperar um quadro mais definido do que realmente ocorre com o país vizinho para anunciar um posicionamento forma.

O presidente Jair Bolsonaro dever fazer na tarde desta terça-feira (30), uma reunião de emergência no Palácio do Planalto. Essa reunião deve contar com a presença do vice-presidente General Hamilton Mourão, e os ministros Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e General Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

Em nota, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, declarou que as Forças Armadas do país permanecerão firmes “na defesa da Constituição Nacional”.

Já o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, declarou que o governo norte-americano apoia incondicionalmente o povo venezuelano e o presidente Juan Guaidó, que buscam a liberdade e a democracia.

Com informações das Agências Associated Press e Reuters

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