Os confrontos em Trípoli, capital da Líbia, se tornaram mais intensos nas duas últimas semanas, e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os conflitos já causaram a morte de pelo menos 174 pessoas e deixaram outras 758 feridas.
O governo líbio reconhecido internacionalmente enfrenta tropas dissidentes no Leste de Trípoli, e rebeldes e terroristas no Oeste e Norte do país.
Já a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que cerca de 13,5 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas, tornando-se refugiadas em outras cidades do país.
A OMS enviou para a Líbia equipes extras de médicos e enfermeiros para atender os feridos nos hospitais do país, que carecem de insumos, equipamentos e medicamentos.
Desde o dia 04 de abril que as tropas do Governo de Unidade Nacional (GNA), reconhecido pela Comunidade Internacional, e o Exército Nacional Líbio (LNA – sigla em inglês), comandado pelo ex-general Khalifa Haftar, se enfrentam nas proximidades da capital Trípoli.
As tropas comandadas por Khalifa Haftar, de 75 anos, não reconhecem o governo central, que por sua vez não reconhecem a autoridade do ex-general.
O ex-general Khalifa Haftar, que passou os últimos anos lutando contra militantes islâmicos no Leste da Líbia, se apresenta como um líder nato, capaz de unificar o país e livrá-lo da influência dos extremistas do Estado Islâmico e de outros grupos radicais.
Seus oponentes, no entanto, o veem como um militar capaz de liderar o país de forma autoritária, tornando-se um ditador como era Muammar Kadhaffi, morto em 2011.
No início deste ano, as forças do LNA tomaram de assalto o deserto da Líbia, e agora se dirigem para Trípoli, capital do país. Essas tropas estão sediadas no Sul da cidade.
O primeiro-ministro da Líbia, Fayez al-Serraj, busca impedi-los de se aproximar da sede de governo, e conta com a ajuda de grupos armados que deixaram a cidade de Misrata, no litoral do país.
As caminhonetes utilizadas por esses grupos armados estão equipadas com metralhadores, capazes de matar dezenas de pessoas.
Com informações das Agências Reuters e France Presse